Força-tarefa retira pirarucu de quase 2 metros de lago após 2h

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Pirarucu virou atração em parque do Setor Jaó após moradora se mudar para São Paulo e deixá-lo no lago. Animal, que tinha 20 centímetros quando foi comprado, é natural da Amazônia e está ameaçado de extinção. Mudança tem o objetivo de levá-lo para seu habitat natural.

Uma força-tarefa conseguiu transferir o peixe da espécie pirarucu de quase 2 metros de comprimento que estava no lago de um parque em Goiânia para um tanque onde iniciará o processo para ser transferido ao seu habitat natural. Antes disso, ele deu trabalho para a equipe, que só o capturou depois de 2 horas de tentativas e de ele fugir da rede por quatro vezes

A espécie, segundo a agência, é ameaçada de extinção. O peixe tinha se tornado atração dos moradores após uma mulher, que morava no bairro, se mudar para São Paulo e o soltar no local.

O resgate aconteceu na quinta-feira (15) e contou com técnicos da Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) e da Universidade Federal de Goiás (UFG). Foram 40 pessoas empenhadas na transferência para um tanque de criação da instituição de ensino.

O peixe foi escoltado do bairro Jaó até a UFG por carros da Guarda Civil Metropolitana e da Secretaria Municipal de Trânsito, além de ter sido monitorado durante todo o trajeto por especialistas. Ele pesa mais de 70kg.

A bióloga Vanessa de Castro informou que animal pode chegar a 3 metros de comprimento e mais de 200 kg. Ele é o maior peixe de água doce do mundo.

Após ser resgatado, o zootecnista Caníggia Lacerda identificou ferimentos na garganta, na barriga e no dorso, que podem ter sido provocados por pedras atiradas por pessoas que visitaram o parque.

No tanque da UFG, que virou a nova casa do peixe, a professora de piscicultura Fernanda Gomes de Paula explicou que ele vai ser alimentado com ração para se adaptar e depois ser transferido para um local mais amplo.

“Torcemos para ser uma fêmea para tentarmos fazer algumas reproduções como forma repovoamento, até mesmo na bacia do Rio Araguaia”, disse a professora.

 

A Amma alertou que o peixe não estava em lugar adequado para a espécie, que corria risco de morte caso fosse alimentado incorretamente pelos moradores e poderia causar um desequilíbrio ambiental.

“Ele vive na região Amazônica e na região do Araguaia. Ele estando aqui é prejudicial para ele, que é um animal que vai crescer, e para os animais nativos daqui, pois gera uma competição entre eles”, disse a bióloga antes da transferência.

Além disso, a agência ponderou que o período de seca começará em breve e deve causar a redução no nível de água no lago.

“O lago está baixando devido à seca e ação foi realizada para salvar a vida do animal. Daqui alguns dias, a água desce e o peixe fica só na lama”, explicou Cárita Marques, gerente de fauna da Amma.

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