Carla dos Santos, de 21 anos, relatou momentos de pânico após começar a ser perseguida pelo vizinho em Cidade Ocidental, no Entorno do Distrito Federal. Segundo a estudante de pedagogia, o homem se mudou para o apartamento acima do dela em agosto do ano passado e, meses depois, começou a cercá-la no ponto de ônibus, observá-la na porta e segui-la na rua.
“Eu deixei de fazer academia e ficava com medo de sair de casa. Ele sabia os horários que eu saía e voltava, e ficava me esperando,” contou Carla.
De acordo com a delegada responsável pelo caso, Dilamar de Castro, o homem foi ouvido, mas não foi preso. A delegada afirmou que ele possui um relatório médico indicando transtornos psiquiátricos.
Carla chegou a mudar do apartamento em que morava, comprado pela família, para morar de aluguel e ficar longe do homem. Ela contou que ele frequentemente passava por um beco atrás dos apartamentos, de onde podia espiar pelas janelas dos outros moradores. Quando ele se mudou para o condomínio, a família foi cordial com ele, mas, ao perceberem os comportamentos suspeitos, afastaram-se.
A jovem relatou que o vizinho já a observou da janela e, armado com uma faca, a esperou no ponto de ônibus. No ano passado, ele tentou atacar o padrasto dela com uma faca após uma discussão.
“Eu fiquei assustada quando levantei para levar algo na cozinha e o vi. Dei um grito,” lembrou Carla. “Relatei aos policiais que ele me observou pela janela, e eles disseram para ele não fazer mais isso. Só que, aí, passaram duas semanas e ele foi até a porta de casa,” disse.
Nos últimos meses, a jovem disse que o homem começou a ameaçar outros moradores do condomínio e até entrou na casa da tia dela, que mora próximo. Carla e sua família tentaram falar com a irmã do homem para buscar uma solução, mas sem sucesso, decidiram buscar a polícia.
De acordo com Carla, o homem alega ter transtornos psiquiátricos e toma remédios. A jovem disse que a irmã afirmou à família dela que ele possui diagnóstico de epilepsia.
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