A ex-sargento da Força Aérea Brasileira (FAB), Tamyla Guedes de Souza, foi presa sob a acusação de aplicar o golpe do falso consórcio, causando um prejuízo estimado de R$ 800 mil a vítimas em Goiás e no Distrito Federal (DF). Tamyla, que estava foragida desde abril deste ano, foi capturada pela Polícia Civil em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, após um mandado de prisão preventiva ser expedido contra ela.
Segundo as investigações, Tamyla se passava por corretora de consórcios e enganava suas vítimas, oferecendo cartas de crédito supostamente já contempladas, prometendo altos retornos financeiros. No entanto, após as vítimas realizarem os depósitos, ela deixava de responder e não entregava as cartas de crédito prometidas.
De acordo com o delegado Diego Alonso, o golpe era habilmente planejado, envolvendo muita “lábia” para convencer as vítimas de que o negócio era legítimo. Além da prisão de Tamyla, as autoridades cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços associados à suspeita em São Paulo.
Tamyla havia sido indiciada por estelionato em maio de 2024 pela Polícia Civil do Distrito Federal. Na época, o pedido de prisão preventiva feito pelo delegado foi negado pela Justiça, mas após novas denúncias e provas, a prisão foi autorizada. Uma das vítimas relatou ter depositado R$ 5 mil para a ex-sargento com a promessa de receber mais de R$ 70 mil, porém, não recebeu o retorno e Tamyla deixou de responder.
A Polícia Civil divulgou a identidade e a imagem da investigada, com base na Portaria Normativa nº 547/2021/DGPC, com o objetivo de localizar outras possíveis vítimas dos golpes praticados por ela.
A defesa de Tamyla alega que ela é inocente e que os esclarecimentos serão feitos dentro do processo legal, respeitando suas garantias constitucionais.
