Após quase um mês foragido, José Divino de Oliveira, de 62 anos, se entregou à Delegacia da Polícia Civil de Caldas Novas na manhã desta quarta-feira (11). Em depoimento, ele confessou ter matado sua ex-mulher, Alessandra Rufino de Oliveira, gerente de supermercado.
Segundo o delegado Alex Miller, José Divino relatou que durante uma discussão com Alessandra, ela começou a gritar, e ele tentou silenciá-la cobrindo seu rosto com um pano de prato, o que resultou no desmaio da vítima. Alessandra foi encontrada morta em sua casa, na cama do suspeito.
O Crime
O assassinato ocorreu no dia 16 de novembro, entre 13h e 15h, na residência de Alessandra, em Caldas Novas. De acordo com a polícia, José Divino não aceitava o fim do relacionamento e teria agido motivado por esse conflito.
A mãe da vítima foi uma das testemunhas e disse ter ouvido a discussão no dia do crime. Uma vizinha relatou ter visto José retirando a moto de Alessandra para fora da casa. Antes de fugir, ele avisou ao filho por mensagem que não estaria em casa quando o jovem retornasse.
O corpo foi encontrado pelo filho de Alessandra, que, ao retornar do trabalho, percebeu que o quarto estava trancado. Após arrombar a porta, encontrou a mãe desacordada e tentou prestar socorro, mas ela já estava morta.
Posicionamento da Defesa
Os advogados de José Divino emitiram uma nota afirmando que ele se apresentou espontaneamente à polícia e prestou todos os esclarecimentos necessários. Eles destacaram que o suspeito permanece à disposição da Justiça para qualquer novo esclarecimento e reforçaram a importância de respeitar o princípio da presunção de inocência.
A defesa ainda ressaltou que as investigações estão em andamento e que todas as informações serão devidamente apuradas em âmbito judicial, com respeito às garantias constitucionais de ampla defesa e contraditório.
Investigação
José Divino está preso na Unidade Prisional Regional de Caldas Novas e será indiciado por feminicídio. O delegado informou que o inquérito será concluído nos próximos dias e que o caso seguirá para apreciação do Poder Judiciário.