Uma operação do Ministério Público de Goiás e da Polícia Civil cumpriu 10 mandados de busca e apreensão, nesta segunda-feira, nas residências de ex-vereadores e de um ex-secretário de Formosa, bem como no gabinete da presidência da Câmara Municipal de vereadores.
A investigação descobriu um esquema de contratação de apadrinhados de políticos para prestar serviços à prefeitura da cidade por meio da Recicla de catadores de lixo, que faturou R$ 20 milhões. O contrato entre o município e a cooperativa se deu por falta de dispensa indevida de licitação, entre 2012 e 2016, de acordo com o MP.
Os alvos dos mandados de busca e apreensão são o atual presidente da Câmara Municipal, Acinemar Gonçalves Costa (Podemos), conhecido como “Nema”, os ex-vereadores Antônio Faleiro Filho, Emílio Torres de Almeida, Jesulindo Gomes de Castro, Jorge Gomes da Mota, Nélio Marques de Almeida e Wenner Patrick de Sousa, além do ex-secretário Rodrigo Melo da Natividade.
O promotor de Justiça responsável pela operação, Douglas Chegury, os investigados estão sujeitos a responder por corrupção passiva.
“Uma vez que esses ex-vereadores solicitavam vantagem indevida ao poder público, mais precisamente a contratação de apoiadores e seguidores políticos”, explica o promotor sobre a participação dos ex-parlamentares.
Por meio dele, centenas de apadrinhados e apoiadores políticos foram ilegalmente contratados para prestar serviços na prefeitura sem a realização de concurso público, o que configura crime de corrupção passiva, segundo o MP.