A investigação levantou que quatro estudantes são da mesma família, sendo uma mulher, seus dois filhos e seu irmão. Outro caso que chamou a atenção da polícia foi de quatro são casais, sendo marido e mulher.
O delegado explicou ainda que alguns dos investigados foram estudar fora do país sem ter todas as informações de como funciona o processo para voltar ao país e atuar como médico.
“Um deles disse que estava estudando na Bolívia e foi procurado por uma pessoa oferecendo essa transferência fraudulenta e ele aceitou”, relatou.
A polícia explicou que, para fazer a transferência para uma faculdade, o aluno deveria estar matriculado em uma instituição no Brasil, pois não há como fazer a mudança sendo de uma universidade estrangeira. Os que concluíram o curso precisam passar por uma prova para revalidar o diploma. Para burlar essa regra, os alunos pagavam para que fossem fraudados documentos como se eles já cursassem medicina no Brasil.
Com isso, eles solicitavam a transferência para outras faculdades. “Identificamos oito faculdades que tiveram os nomes usados para a falsificação. E temos indícios de mais de dez faculdades onde têm alunos com documentação irregular”, contou o delegado.
Investigação
A investigação começou após a Universidade de Rio Verde (UniRV) desconfiar de fraudes e levar o caso à Polícia Civil. A instituição de ensino disse, em nota, que identificou fortes evidências de fraude documental praticada por alguns dos candidatos no processo de transferência. A instituição explicou que as faculdades que seriam de origem dos alunos confirmaram as irregularidades.
O comunicado diz ainda que a universidade comunicou as fraudes à Polícia Civil, que assumiu o caso e orientou na continuidade da transferência para não atrapalhar a investigação. Após a operação policial, a instituição comunicou que vai expulsar os estudantes investigados.
Sobre os alunos que já estavam fazendo internato, atendendo a população, a faculdade disse que, como eles já eram investigados, todos eram acompanhados pontualmente.
Fonte: G1
Por Cláudia Balbino de Souza
Redatora da Face TV