Operação Diamante de Sangue investiga associação criminosa, receptação e lavagem de dinheiro envolvendo artigos de luxo na capital paulista, com desdobramentos em outros estados.
s Ministérios Públicos de Minas Gerais e de São Paulo deflagraram na manhã desta quarta-feira (26), em conjunto com a Polícia Militar mineira, uma operação para investigar crimes de associação criminosa, receptação e lavagem de dinheiro envolvendo artigos de luxo na capital paulista, com desdobramentos em outros estados.
A ação teve como alvo uma loja multimarcas de venda de relógios sofisticados no Shopping Cidade Jardim, na Zona Sul de São Paulo, e apreendeu pelo menos 81 relógios de luxo.
A operação recebeu o nome de Diamante de Sangue e contou com a participação de um promotor de Justiça de Minas e 18 policiais militares de São Paulo, além do apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público paulista.
Segundo o MP paulista, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão no estado de São Paulo e em Minas Gerais, expedidos pelo Departamento de Inquéritos Policiais da Capital (DIPO).
Outros 19 relógios foram apreendidos no cumprimento dos mandados de busca e apreensão pelos policiais e promotores.
O material apreendido na loja foi encaminhado à sede do Gaeco mineiro, em Belo Horizonte, de onde será encaminhado posteriormente ao Gaeco de São Paulo.
Início das investigações
A investigação teve início na sexta-feira (21), quando um promotor de Justiça descobriu na loja do Cidade Jardim um relógio que pertencia a ele e tinha sido roubado em 12 de dezembro em Osasco, na Grande SP.
Após o roubo, ele começou a receber oferta de relógios nas redes sociais e descobriu um modelo igual ao dele sendo vendido justamente na loja Royale Watches, no Shopping Cidade Jardim.
Ao ir até o local, ele confirmou que o número de série do relógio vendido era o mesmo que ele tinha comprado por cerca de R$ 90 mil.
A polícia foi chamada e proprietário do estabelecimento exibiu um contrato de consignação, mas não exibiu o certificado ou nota Fiscal da origem daquele bem.
Ele foi preso por receptação, mas, ao pagar a fiança, foi liberado no dia seguinte. Mas o Ministério Público começou as investigações sobre a procedência dos relógios vendidos no local.
“Por se tratar de venda de objetos de luxo em shopping na área nobre da cidade, era imprescindível a adoção de medidas cautelares de urgência e diligências imediatas, com a finalidade que não se perdesse os objetos de origem espúria”, disse um comunicado do MP-SP.