Segundo processo judicial, Aldo Furtado de Lacerda matou cunhado após assediar esposa da vítima, em 2012, em Samambaia. Ele foi preso nesta terça-feira (11), na BR-010.
O homem preso com R$ 2.508.500 em dinheiro vivo no porta-malas de um carro, no Pará, já foi condenado por homicídio no Distrito Federal. Aldo Furtado de Lacerda, de 49 anos, dirigia um veículo com placa do DF e foi flagrado nesta terça-feira (11), durante fiscalização da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-010, em Ulianópolis).
De acordo com a denúncia, Aldo matou o próprio cunhado a tiros, em Samambaia. O crime ocorreu em abril de 2012 e, segundo o processo judicial, foi motivado por suposto assédio do suspeito contra a esposa da vítima.
Segundo a denúncia do Ministério Público, a vítima também trabalhava junto com Aldo, em um serviço de transporte, e foi demitido. O MP afirma que ele descobriu o assédio contra a esposa e confrontou o então cunhado.
Em defesa, Aldo afirmou que o homem estava armado e o teria ameaçado, por isso, alegou legítima defesa. No entanto, o Tribunal do Júri de Samambaia o julgou culpado. A pena foi fixada em 6 anos de reclusão, em regime inicialmente semiaberto.
O acusado recorreu, e a decisão foi mantida em segunda instância. Mas a Justiça permitiu que ele permaneça em liberdade até o trânsito em julgado da ação, ou seja, quando não houver mais possibilidade de recurso. Ainda há pedidos em análise nos tribunais superiores.
Prisão no Pará
O veículo dirigido por Aldo Furtado de Lacerda foi abordado na altura do km 82 da rodovia. À equipe da PRF, ele se apresentou como agente federal do Tribunal de Justiça do DF (TJDFT) e disse que ganhava R$ 1,7 mil.
Segundo boletim de ocorrência, Aldo disse que ia de Brasília rumo a Belém para visitar uma namorada, e que a última vez que teria ido ao Pará foi no começo deste ano. No entanto, quando questionado pelos policiais, não soube dizer a matrícula de servidor, nem informações sobre o trabalho.
A PRF afirma que, diante das respostas conflitantes, os policiais decidiram revistar o carro de Aldo. Os mais de R$ 2 milhões estavam divididos em notas de R$ 100, em quatro caixas de papelão no interior do veículo.
De acordo com o boletim de ocorrência, o homem ficou confuso e nervoso quando questionado sobre o dinheiro. Ele afirmou que era pagamento por atividades relacionadas a aluguéis de carros, onde trabalharia “por fora”.
Os agentes disseram que, diante das inconsistências, deram voz de prisão para o homem. Segundo a PRF, Aldo será investigado por lavagem de dinheiro.