Camilla Barbosa gravou vídeos raspando o próprio cabelo para fazer campanhas e rifas a fim de arrecadar dinheiro. Hospital disse que ela nunca foi paciente e que foi retirada do local ao ser flagrada sem autorização.
Camilla gravou vídeos raspando o próprio cabelo para fazer campanhas e rifas a fim de arrecadar dinheiro para pagar o suposto tratamento oncológico.
“Algumas vítimas compareceram à delegacia e registraram ocorrência, geralmente pessoas próximas a ela, como ex-namorados e ex-sogras, e que tiveram maior contato com a autora e realizaram doações de maior vulto econômico [maior valor]”, revelou o delegado.
O Hospital Araújo Jorge, que é referência em tratamento contra câncer no estado, e fica em Goiânia, foi usado por Camila para fazer fotos e vídeos deitada em macas da sessão de quimioterapia. A unidade disse por meio de nota que ela nunca foi paciente e que foi retirada do local em algumas ocasiões ao ser flagrada sem autorização.
A jovem disse à polícia quando foi intimada para depor que tinha câncer de mama, mas não apresentou nenhum exame ou relatório médico que comprovasse a doença.
O advogado que defende Camila na investigação disse que não irá se pronunciar sobre o caso.
Falso câncer
Em depoimento, a jovem disse à polícia que teve câncer há alguns anos e que foi curada. Mas depois descobriu que a doença voltou após fazer exames de dengue, e que já estava com metástase no intestino e pulmão.
Ao delegado, Camilla afirmou que começou tratamento no Hospital Araújo Jorge, onde disse ter feito sete sessões de quimioterapia, mas que meses depois, a unidade médica perdeu o prontuário dela e encerrou o tratamento.
A Polícia Civil cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de Camilla e encontrou diversos documentos e exames, que foram apreendidos. O delegado afirmou que em nenhum dos exames foi possível constatar que Camilla tem câncer.
Hospital nega que ela foi paciente
O Hospital Araújo Jorge informou à Polícia Civil, em um documento, que Camilla nunca foi paciente da unidade. O hospital disse ainda que funcionários já viram a mulher várias vezes no local, onde foi flagrada tirando fotos em uma maca no Setor de Quimioterapia e usando cartão de identificação interno do hospital em nome de terceiros.
Após essas situações se repetirem, os funcionários teriam começado a retirar a jovem do interior do hospital.