Intenção de Reidimar Silva era ocultar objetos de Thaís Lara que pudessem incriminá-lo. Corpo ficou desaparecido por 3 anos até ele confessar o crime.
O ajudante de pedreiro Reidimar Silva desligou o celular da Thaís Lara, de 13 anos, e jogou a bateria fora após matá-la para o aparelho não ser rastreado, conforme apurou a delegada Ana Paula Machado. A intenção de Reidimar foi de ocultar objetos que pudessem incriminá-lo. O crime aconteceu em 2019, em Goiânia.
“Ele desligou o celular da vítima, que segundo ele, tocava constantemente, e se desfez do aparelho e do chinelo dela. A tentativa dele era de ocultar o que pudesse levar à autoria do crime. Inclusive, ele tirou a bateria e jogou fora. Não teve nenhuma possibilidade de rastreio do número”, esclareceu a delegada.
A delegada contou que Thaís Lara saiu de casa para ir a uma feira e desapareceu, no Setor Madre Germana II. O corpo dela ficou desaparecido por 3 anos.
Polícia Civil busca por corpo da adolescente Thaís Lara, de 13 anos, em Goiânia — Foto: Divulgação/Polícia Científica
A investigação do desaparecimento foi reaberta após outra menina desaparecer no mesmo bairro e nas mesmas circunstâncias. Em novembro de 2022, Luana Marcelo Alves, de 12 anos, saiu para ir a uma padaria e não foi mais vista.
Neste caso, a polícia chegou até Reidimar, que foi preso, confessou o crime e mostrou onde estava o corpo de Luana. A menina foi enforcada, queimada e enterrada no quintal da casa dele.
Já no presídio, Reidimar confessou o assassinato de Thaís Lara e também mostrou onde estava o corpo dela. Ele matou a menina enforcada, queimou o corpo e jogou numa cisterna desativada de outra casa que ele morou.
Na residência, a polícia encontrou apenas a ossada na cisterna, na última quarta-feira (11). Dias depois, um exame de DNA comprovou que os ossos são de Thaís Lara.
A delegada Ana Paula Machado contou Reidimar pode ser indiciado por homicídio qualificado, ocultação e vilipêndio de cadáver pela morte de Thaís.
Caso Luana Marcelo
Luana Marcelo Alves tinha 12 anos. Ela saiu para ir numa padaria perto de casa, no dia 27 de novembro, e não voltou para casa, no setor Madre Germana II, em Goiânia. O corpo dela foi encontrado três dias depois, no quintal da casa de Reidimar Silva Santos, que confessou ter a matado.
Vídeos de câmeras de segurança mostram quando a garota passa por uma rua e, depois, volta com uma sacola na mão.
Segundo a Polícia Civil, Reidimar confessou que convenceu a menina de entrar no carro dele dizendo que devia dinheiro para a mãe dela e que passaria a quantia. Reidimar confessou aos policiais que matou Luana por enforcamento.
Ainda segundo a PC, Reidimar levou Luana para a casa dele, onde tentou estuprá-la. Um laudo apontou que ele tinha marcas de unhada no rosto e nos braços, feitos supostamente pela menina, durante uma tentativa de fugir dele.
Depois da morte, ele contou à PC que usou madeira e isopor para colocar fogo no corpo e enterrou a menina no quintal de casa, usando cimento, o que dificultou até mesmo que os cães farejadores descobrissem o corpo no local.