Investigação indicou que o homem embebedava a mãe da menina, de 16 anos, para ela não ver os abusos. Autor está separado da mulher, mas os crimes aconteceram durante a união estável, segundo a polícia.
Um empresário de 61 anos foi preso por estuprar a enteada, na época com 16 anos, em Planaltina de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. Segundo o delegado Augusto Vinícius Albernaz, a adolescente tem uma deficiência intelectual e o padrasto embebedava a mãe até que a mulher dormisse para que ele cometesse o crime.
“Ele foi à escola, tentou puxá-la para um carro, ela foi para dentro e pediu ajuda à diretora, que chamou o Conselho Tutelar e a menina relatou os abusos. A intenção dele era usar da violência para violentá-la”, detalhou.
O homem teve a prisão preventiva decretada na última quarta-feira (23) e foi indiciado pelos crimes de estupro de vulnerável e posse de registro pornográfico da adolescente, porque fotografava a menina. Segundo a polícia, o homem teve um relacionamento com a mãe da jovem por cerca de dois anos, mas eles estavam separados desde abril.
A investigação mostrou que o homem ameaçava a menina com um facão e dizia que a mataria. Em depoimento, o indiciado confessou o crime, mas disse que apenas correspondia às investidas da menor. No entanto, a versão foi descartada pelo delegado.
“Ela não consentiu de forma alguma, é mentira”, disse.
O delegado explicou que no celular do autor havia fotos da enteada nua. À polícia, a irmã mais nova da menor confirmou que já viu o empresário beijando a vítima e “achou muito estranho”.
O laudo médico obtido pela investigação da polícia mostra que a jovem tem um quadro de deficiência intelectual, que causa grande prejuízo escolar, comportamento imaturo e comprometimento cognitivo.
A família
À polícia, a mãe da menor disse que mora com as três filhas e que terminou o relacionamento mesmo antes de saber dos crimes. Inclusive, a mulher disse que as meninas passavam fins de semana na casa do autor, mas não ficavam sozinhas com ele.
A mulher contou ainda que foi surpreendida pelo Conselho Tutelar quando foi informada dos crimes do ex-companheiro. Segundo a mãe, a menina nunca apresentou comportamento diferente, mas depois soube que ela não contou a ela porque era ameaçada.