Edivaldo Marinho tinha 49 anos e trabalhava como árbitro para cuidar da mãe. Motorista Elaine Chagas foi presa e, momentos após o acidente, foi flagrada com garrafas nas mãos.
Amoroso, inteligente e um filho exemplar. Essas foram algumas das características que a estudante Elisabeth Catanhede, de 27 anos, usou para definir o pai, que morreu após ser atropelado por uma motorista bêbada em Senador Canedo, na Região Metropolitana de Goiânia. Edivaldo Marinho, de 49, era árbitro de futebol e estava a caminho de uma partida.
“Ele cuidava da minha avó porque ela ficou debilitada de saúde. Domingo antes de ocorrer tudo ele deu banho nela, limpou a casa e foi apitar o jogo pra ganhar R$ 80”, contou a filha.
O acidente aconteceu no último domingo (9), após a motorista Elaine Chagas, de 45 anos, invadir a contramão e bater de frente contra Edivaldo,,. Abalada, Elisabeth disse que o pai tinha hábitos de vida saudáveis e não se conforma com o jeito que ele morreu.
“Meu pai era uma pessoa excepcional, não existia alguém como ele, era muito de bem com a vida, tranquilo, humilde, alegre, vendia saúde. Todos aqui estão despedaçados, meu pai não merecia morrer. Ele queria envelhecer bem, com saúde, pra brincar muito com os netos”, desabafou.
Formado em técnico em enfermagem e segurança, Edivaldo já trabalhou como pedreiro e encanador, segundo a filha. Dedicado em cuidar da mãe, de 84 anos, ele deixou seu apartamento durante a semana para ficar na casa da matriarca da família.
“Você não vai achar alguém pra falar que brigou com ele. Muito inteligente, pensava no próximo, isso que tá me doendo. Ele nunca tomou uma multa, era a pessoa mais correta no trânsito”, lamentou.
A Polícia Militar (PM) informou que a mulher estava dirigindo na GO-403, sentido Jardim das Oliveiras, quando perdeu o controle e invadiu a pista contrária. O carro bateu de frente com o motociclista, que morreu na hora. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) esteve no local.