Um ataque de abelhas no Abrigo dos Animais Refugados, em Goiânia, resultou na morte de seis cães e feriu quatro voluntários na quarta-feira (16). Embora os voluntários tenham sido picados, nenhum precisou ser hospitalizado e todos passam bem. Uma equipe do Centro de Zoonoses foi enviada ao local para controlar a situação.
Segundo a voluntária Isis, cinco cães morreram no local, e um cachorro chamado Radije fugiu assustado e está desaparecido. Radije é de porte médio a grande, com pelagem rajada em preto e caramelo, e possivelmente se encontra na região do bairro Jardim Vitória.
Situação recorrente e ignorada pelas autoridades
Funcionários do abrigo informaram que o problema com as abelhas já era antigo e que tanto os bombeiros quanto o Centro de Zoonoses haviam sido notificados várias vezes, mas nenhuma ação foi tomada. A diretora do abrigo, Rayza Araújo, lamentou: “Essa ajuda não veio, infelizmente, e hoje aconteceu o pior”.
O primeiro ataque ocorreu em 25 de setembro, mas não houve feridos. Novamente, em 3 de outubro, ocorreu outro ataque, e os bombeiros alegaram que apenas casos de risco iminente seriam atendidos. Devido à demora nas respostas, o abrigo pediu doações nas redes sociais para contratar um apicultor por conta própria, que foi ao local no dia do ataque para remover o enxame. No entanto, o ataque já havia ocorrido antes da intervenção.
O apicultor conseguiu remover o enxame após o ataque e recomendou que os animais não retornassem ao local por pelo menos quatro dias.
Resposta das autoridades
Em nota, o Centro de Zoonoses explicou que recebe de 35 a 40 solicitações diárias para a retirada de abelhas em Goiânia e prioriza os casos de saúde pública, principalmente onde há crianças, idosos ou pessoas alérgicas. Segundo a Secretaria de Saúde, o trabalho de remoção é realizado a partir das 13h, quando a maioria das abelhas operárias retorna à colmeia, permitindo uma remoção mais segura.
As abelhas resgatadas foram levadas para a Faculdade de Agronomia da Universidade Federal de Goiás.