“Foi uma conversa rápida, dois ou três minutos. E é possível ver pelas imagens obtidas que, antes e depois do fato, o carro do casal circula pela região. Isso endossa a versão do executor, de que os mandantes estavam esperando para ver se ia acontecer o que ele tinha contratado para, então, pagar o restante”, afirma o delegado.
O executor também diz em depoimento que a decisão de matar Francisco foi dele, durante o crime. Mas o delegado afirma que isso será devidamente apurado. Para o investigador, o casal assumiu o risco da morte da vítima.
O crime aconteceu na madrugada do dia 20 de setembro, no Jardim Goiás. Francisco estava consumindo bebidas alcoólicas em frente a uma loja de conveniência, quando o executor do crime e um comparsa começaram a puxar conversa com ele.
Segundo a polícia, a vítima foi atraída para um local mais vazio, onde então, aconteceram as agressões e facadas. Mesmo ferido, Francisco ainda tentou correr para pedir ajuda em uma farmácia, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Os dois executores fugiram depois do crime. A partir da troca de informações entre batalhões da Polícia Militar e a Polícia Civil, os militares identificaram e localizaram os executores, que imediatamente confessaram o crime e explicaram a dinâmica.
Caio Patrick foi ouvido logo no dia seguinte ao crime. Ele negou envolvimento com a morte, mas confessou que tinha atritos com o ex-gerente. Segundo o delegado, naquela ocasião, ainda não haviam sido analisadas imagens de câmeras de segurança e, por isso, o empresário foi liberado.
À medida que as investigações avançaram e a polícia obteve provas contra o casal, solicitou à Justiça pela prisão temporária deles. O pedido foi deferido e o casal deve ficar preso por 30 dias.
O advogado de defesa dos empresários, Rogério Rodrigues de Paula, entrou com um pedido de habeas corpus. A justificativa é de que o casal sempre esteve à disposição da polícia para as investigações. Apesar disso, o pedido de liberdade foi negado.