Chefes de grupo suspeito de causar prejuízo de R$ 3 milhões com golpes em aplicativo de mensagem estão entre os presos em operação

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A Polícia Civil prendeu pessoas apontadas como chefes de um grupo suspeito de aplicar o golpe do novo número no WhatsApp. De acordo com a corporação, em 2022 a quadrilha causou um prejuízo de R$ 3 milhões e estima-se que desde o ano passado cerca de 2 mil pessoas tenham sido vítimas em todo o país.
Superintendente operacional da PC em Goiás, Rildo Braga informou que 29 pessoas foram presas em Goiás nesta terça-feira (5). A operação prendeu ao todo 32 suspeitos do crime nos estados de Goiás, Roraima, Pará e Minas Gerais.

Além dos supostos líderes da organização criminosa, a operação identificou membros que gerenciavam o fornecimento da conta bancária e a transferência de valores. Segundo a polícia, cada integrante tinha uma função específica na quadrilha.

“Alguns eram executores, ou seja, tentavam abordar as vítimas através do aplicativo, bem como outras tecnologias disponíveis, especialmente com vírus, remessa de mensagem, para obter os dados das pessoas e o mais importante, pessoas que tentavam obter doações, transferências e pagamentos de forma indevida”, explicou Rildo.

O delegado Pablo França descreveu que o golpe era aplicado tipicamente no WhatsApp. Os golpistas substituíam a foto de perfil e entravam em contato com familiares dizendo que tinham trocado de número.

“Essas pessoas [vítimas] apagam o número correto, gravam o número desses criminosos e eles [golpistas] passam a solicitar valores e, inclusive, empréstimos. São valores altíssimos”, disse o delegado

A Polícia explicou que os golpistas conseguiam as fotos das vítimas nas redes sociais. O grupo pegava também dados pessoais para reforçar o golpe.

Ao todo, foram cumpridos 41 mandados de prisões preventivas e 56 mandados de busca, além de bloqueio e sequestro de bens e valores.

Segundo a polícia, a maior parte do grupo criminoso mora em Goiás, mas aplicava o golpe em pessoas principalmente de São Paulo, onde há o registro de 604 vítimas.

Os suspeitos serão indiciados pelo crime de estelionato eletrônico falsidade ideológica, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Somadas, as penas chegam a 32 anos de prisão.

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