No dia após o crime, o suspeito contou para uma amiga o que tinha feito, foi convencido a se entregar e falou com pastor. Gislene Ramos, de 26 anos, estava com o companheiro há apenas 15 dias.
O crime aconteceu na noite de terça-feira (22) após o rapaz chegar bêbado em casa. A investigação indicou que o suspeito matou a namorada por ela ter saído sozinha. Segundo a polícia, o casal estava junto há apenas 15 dias.
Após cometer o crime, o suspeito carregou o corpo da namorada até os fundos da casa, em um local de muito barro para tentar escondê-lo. O jovem voltou para casa, dormiu e, no dia seguinte, acordou, foi até a casa de uma amiga e contou o que tinha feito.
“Essa mulher o convenceu a se entregar à polícia”, disse Meneses.
O delegado revelou ainda que na casa onde o crime aconteceu moravam os avós do suspeito. Eles foram ouvidos, mostraram que tinham tomado remédio para dormir e disseram que não ouviram a discussão ou viram o neto carregando o corpo da namorada para os fundos da residência.
Antes de se entregar, o suspeito mandou uma mensagem para um pastor dizendo que iria se apresentar à polícia e que ficaria preso. Na manhã de quarta-feira (23), o jovem foi até a Polícia Militar (PM), confessou o crime e, em seguida, foi encaminhado ao GIH, onde foi preso em flagrante.
O caso é investigado pelo delegado Danilo Meneses, do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH), de Formosa.
O investigador contou que Gislene estava na casa do namorado enquanto esperava a casa que ela alugou desocupar. A vítima teria chegado em casa por volta das 22h30 e preparado o jantar. “Ele chegou mais tarde e por ciúmes eles discutiram”, detalhou.
Durante a discussão, o suspeito enforcou com as mãos a namorada, que o arranhou para se defender, mas acabou desmaiando, segundo a polícia. “Depois ele deu golpes na cabeça dela, que morreu por traumatismo cranioencefálico”, afirmou. Meneses disse ainda que a perícia deve verificar como foram esses golpes.“Ele disse que foram murros, mas o laudo ainda deve apurar se ele bateu com a cabeça dela no chão, pisou ou usou algum objeto”, explicou.
A Polícia Científica esteve no local para realizar a perícia, bem como o Instituto Médico Legal (IML) para retirar o corpo da vítima do brejo. Atualmente, o suspeito está preso e, de acordo com o delegado, ele responde por feminicídio e pode pegar até 30 anos de prisão.