Dono de loja de veículos tinha mandado de prisão em aberto e se apresentou à delegacia com advogado. Ele estava desaparecido há 15 dias.
A defesa do empresário disse que pediu na Justiça a anulação da prisão, já que o cliente é réu primário, tem bons antecendentes, endereço fixo e é trabalhador. A defesa informou que ele assumiu a responsabilidade e quer quitar as dívidas. Além disso, o advogado falou que a prisão pode prejudicar o estado de saúde do cliente, que está em tratamento médico após surto psicológico.
A delegada Bruna Coelho comentou que a quantidade de clientes que registraram ocorrência saltou de 40 para 80 em duas semanas e, consequentemente, o valor estimado do prejuízo saltou de R$ 1 milhão para R$ 3 milhões.
“Ele confessou que teve problemas financeiros. Realmente, ele pegava os carros das pessoas e não repassava o dinheiro. Ele financiou veículos para terceiros sem autorização do dono e isso virou uma dívida muito grande”, esclareceu a delegada
Loja fechada
As vítimas contaram que quando chegaram a garagem os funcionários queriam fechar o comércio e levar os computadores. Foi preciso chamar a Polícia Militar. Depois, foram para a delegacia registrar ocorrência, em de 4 julho deste ano.
O empresário Roberto Lima estava comprando uma caminhonete. ele deu um carro de entrada e financiou o restante por um banco, que fez o pagamento para a loja.
“Me pediram para entregar a caminhonete depois porque iam revisar o veículo. Depois me pediram para entregar logo o meu carro, mas eu disse que não dava porque tinha coisas para resolver. Sumiram a caminhonete e os funcionários falam que ele [dono] não pagou o antigo dono e ele buscou a caminhonete”, disse.
A administradora Juliana Dibello deixou um carro na loja, que já foi vendido há um mês. Ela recebeu R$ 30 mil de entrada, mas o restante, que foi financiado pelo comprador, nunca chegou para ela.
“Depois de um mês de vendido, ele passou R$ 30 mil para o meu esposo e ficamos com R$ 60 mil no prejuízo”, contou.