Estudante que ficou sem andar após rampa de festival de rap desabar vai passar por cirurgia de reconstrução craniana

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Pai da jovem explicou que a cranioplastia tem como objetivo colocar uma prótese para proteger a calota craniana dela. Família tem altas expectativas para recuperação de Giovanna Salerno.

A estudante Giovanna Salerno, de 20 anos, que ficou sem andar depois de cair da rampa que desabou durante o festibal de rap no Estádio Serra Dourada, em Goiânia, vai passar por uma cirurgia de reconstrução craniana nesta segunda-feira (13).

“Com certeza após essa cirurgia os resultados das terapias que ela já está fazendo vão ser ainda melhores”, disse Tércio.

A cirurgia está prevista para acontecer no período da tarde, por volta das 17h, no Hospital Neurológico de Goiânia. Segundo o pai, a prótese a ser colocada é 3D e foi feita sob medida. Ele explicou que vai servir para substituir a parte da calota craniana que foi removida na craniotomia feita em Giovanna, ocasião em que removeram cerca de 12 cm de diâmetro de massa óssea para fazer a descompressão do cérebro dela após o acidente.

Ele explica que não há previsão de quanto tempo deve durar a cirurgia. No entanto, as expectativas são altas quanto à recuperação da filha.

“Acreditamos que o prognóstico vai ser positivo e que a recuperação dessa cirurgia supere todas as expectativas”, completou.

“A situação na qual ela se encontra hoje, fisicamente falando, o cérebro não foi projetado para ficar dessa forma”, acrescentou.

Após o acidente, Giovanna foi diagnosticada com tetraparesia espástica, tendo perdido quase todos os movimentos.

“O laudo médico indicou que ela teve tetraplegia espástica. Nós esperamos que seja reversível, mas serão anos de tratamento, fisioterapia e estímulos naturais. Ela também teve dano estético, porque teve que cortar parte da cabeça”, disse o advogado da família, Hebert Valentim

Apesar do diagnóstico que impede a jovem de caminhar, o pai explica que ela anda tendo uma recuperação rápida na comunicação, por meio da fonoterapia.

“O cérebro dela processa a informação, a comunicação, e na hora que ela vai falar e forma a frase, no meio do caminho, a informação se perde e a fala não sai, mas palavras simples ela consegue expressar bem. Palavras como não, sim, te amo. E fala dentro do contexto”, explicou o pai.O acidente aconteceu na noite do dia 9 de julho, por volta das 23h16. Imagens mostram a correria dos socorristas para resgatar os feridos no local

Segundo a PC, a superlotação não contribuiu com o acidente. A Polícia Civil recebeu o laudo da perícia e disse que pelo menos duas pessoas deverão ser responsabilizadas, um engenheiro e um arquiteto, que estavam responsáveis pelo projeto de estrutura da rampa. O vínculo dos profissionais com a empresa de montagem ainda será investigado.