Henrique Marcos Rodrigues de Oliveira foi condenado a 21 anos, 10 meses e 15 dias de prisão pelos crimes de homicídio qualificado, lesão corporal grave e ameaça. O ex-aluno matou a professora Cleide Aparecida dos Santos, de 60 anos, com 17 facadas, e esfaqueou o filho dela, em agosto de 2022, em Inhumas, na Região Metropolitana de Goiânia.
Segundo o Ministério Público de Goiás (MP-GO), o crime foi motivado por vingança. Henrique teria guardado ressentimento da professora desde 2014, quando foi advertido por ela por mau comportamento em sala de aula, no Colégio Castelo Branco. No dia do crime, após se sentir ignorado por Cleide ao cumprimentá-la na rua, ele decidiu invadir a casa dela durante a madrugada e a matou. O filho da professora, Anício Nonato da Silva Júnior, foi ferido ao tentar defendê-la.
O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) considerou o homicídio qualificado por motivo torpe, com uso de meio que dificultou a defesa da vítima, e determinou o cumprimento imediato da pena em regime fechado. Além da pena principal, Henrique também foi condenado a 1 ano e 9 meses de reclusão por lesão corporal grave e 1 mês e 15 dias de detenção por ameaça.
Durante o julgamento, realizado com 25 jurados e cinco testemunhas, a defesa pediu o reconhecimento de semi-imputabilidade, alegando possível comprometimento mental, mas o pedido foi negado. A juíza Isabella Luiza Alonso Bittencourt determinou a prisão imediata do acusado.
Henrique foi preso em flagrante cerca de oito horas após o crime, quando procurou atendimento médico por um corte no pé, supostamente causado durante a invasão. A Polícia Militar o localizou após rastrear a fuga e encontrar vestígios de sangue em sua residência.
Cleide chegou a ser socorrida pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu aos ferimentos.
