Ravi Lorenzo tinha 2 meses e bebeu colírio para glaucoma, em vez de bromoprida — remédio receitado pelo médico para enjoo. Polícia vai intimar novamente o dono e a gerente para prestarem depoimento.
A farmácia Ultra Popular, suspeita de vender um remédio errado para a família do bebê que morreu após tomar colírio, apresentou para a Polícia Civil uma escala com o nome de uma farmacêutica que estaria trabalhando no dia em que houve o suposto erro na venda dos remédios. Mas essa farmacêutica prestou depoimento nesta semana na delegacia de Formosa e disse que não estava na drogaria porque já tinha pedido demissão há 23 dias.
“O balconista e a gerente disseram que ela estava no dia. O dono da farmácia ligou para ela pedindo para que ela regularizasse a folha de ponto, para possivelmente vinculá-la à farmácia, como se ela tivesse trabalhado no dia 5 de março”, explicou o delegado Paulo Henrique Ferreira.
Agora, a polícia vai intimar o dono e a gerente da farmácia para prestarem novo depoimento, já que eles afirmaram que a farmacêutica estava de plantão. Com as novas declarações, a investigação quer saber se tinha outro profissional na escala.
A Drogaria Ultra Popular informou na época da morte que contribui com as investigações da polícia, que refuta qualquer juízo de valor antecipado e se solidariza com a perda e familiares.