Adolescente de 15 anos disse à polícia que foi para a casa do suspeito, consumiu refrigerante e cerveja, e que depois disso não se lembrava mais de nada. Suspeito aguarda pela audiência de custódia no presídio municipal.
A Polícia Civil prendeu Fernando Pereira da Silva suspeito de dopar e abusar sexualmente de adolescentes, em Caiapônia, no oeste goiano. No celular dele, a polícia encontrou vídeos que mostram o momento dos abusos, em que as vítimas estão desacordadas.
Aos policiais, o suspeito disse que trabalhava em uma hamburgueria, que estava há pouco tempo em Caiapônia e que antes morava em Fortaleza, sua cidade natal. Disse também que ministrava aulas de futebol para crianças e adolescentes, mas segundo a polícia, ele não atuava de forma profissional em nenhum local.
“Ele falava para os adolescentes que era muito bom de bola, que podia ensinar, mas era só um argumento para se aproximar das vítimas”, disse o delegado Ramon Queiroz.
A prisão do suspeito foi realizada em flagrante, na quarta-feira (24), depois que a mãe de um adolescente, de 15 anos, procurou a delegacia. Ao delegado Ramon Queiroz, o garoto disse que foi para a casa do suspeito, onde consumiu refrigerante e cerveja, e que depois disso não se lembrava mais de nada.
O suspeito foi chamado e autorizou que a polícia olhasse o celular dele. No aparelho foram encontrados pelo menos oito vídeos pornográficos, em que o homem abusava sexualmente das vítimas, que segundo o delegado, “estavam visivelmente desacordadas”.
“No vídeo dava para ver que o adolescente estava desacordado. Quando ele viu a cena, disse: “eu não me lembro de nada disso”. Existem cerca de outros oito vídeos de outros adolescentes, mas nós ainda não conseguimos identificá-los”, explicou o delegado.
Por conta dos vídeos, o homem acabou preso em flagrante por armazenar cena de sexo explícito com menor de idade e estupro de vulnerável. Segundo o delegado, o suspeito já confessou a prática do abuso.
O nome e a foto de Fernando Pereira da Silva está sendo divulgada com autorização da Polícia Civil, baseada na Lei 13.869/2019. O objetivo é identificar outras possíveis vítimas do suspeito e dificultar que outras pessoas se tornem vítimas dele.