São ao menos 15 denúncias semelhantes contra a empresa. A imobiliária já foi interditada.
Uma imobiliária foi interditada pela Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor (Procon Goiás), na última sexta-feira (2), suspeita de ter vendido o mesmo imóvel para mais de um cliente. Além das denúncias de estelionato, a empresa é investigada por propaganda enganosa. O caso aconteceu em Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal.
Segundo informações do Procon, a imobiliária cobrava uma taxa que varia de R$ 3 mil a R$ 12 mil dos clientes que se interessavam pela compra de um imóvel. Em seguida, ao invés de fazer um contrato de compra e venda, a empresa fornecia um documento de prestação de serviço para que a vítima assinasse.
A Polícia Civil (PC) conta um pouco sobre como a empresa agia. O consumidor via um anúncio de venda na internet, entrava em contato com a imobiliária e, acreditando em promessas de aquisição rápida do bem, as vítimas pagavam valores de “entrada”. O Procon conta que a casa mostrada pelos suspeitos às vítimas era um imóvel oriundo de leilão, devido à inadimplência do dono anterior.
Em seguida, após perceberem que a compra não seria concretizada, as vítimas entravam em contato com a empresa para romper contrato, mas não conseguiam. A PC compartilha que, nesse momento, os clientes viam que a suposta taxa de entrada na verdade era um valor para “consultoria financeira” e portanto, não recebiam nenhuma devolução.
Após denúncias, a equipe do Procon foi até o endereço da imobiliária, que funcionava normalmente. Durante a abordagem, as equipes de fiscalização constataram que o imóvel mostrado aos clientes era, muitas das vezes, o mesmo, e por esse motivo este também foi interditado.Depoimentos de vítimas do golpe mostram que a imobiliária afirmava que o imóvel seria entregue entre 45 e 90 dias após a oficialização do contrato. Entretanto, após a assinatura, os clientes eram informados que o prazo de entrega era de até 180 dias. Essa diferença nas informações levantou suspeitas, o que também motivou a denúncia por parte das vítimas à Polícia Civil.O gerente de fiscalização do Procon, Antonísio Teixeira, disse que a empresa pode voltar a funcionar, mas só em caso de regularização da situação. “Se realmente o Procon-GO entender que essa empresa está legal para continuar trabalhando, sim [voltam a funcionar], caso contrário, continuará interditada”, resumiu.O gerente de fiscalização do Procon, Antonísio Teixeira, disse que a empresa pode voltar a funcionar, mas só em caso de regularização da situação. “Se realmente o Procon-GO entender que essa empresa está legal para continuar trabalhando, sim [voltam a funcionar], caso contrário, continuará interditada”, resumiu.