Vídeo mostra quando ele conversa com os amigos e a namorada, e em seguida, um atirador chega e faz os disparos. Mãe de Talles Fellipe Braga foi ouvida em depoimento pela corporação.
A mãe do jovem Talles Fellipe Braga, de 29 anos, que foi morto a tiros em uma rua de Uruaçu, região norte de Goiás, disse à polícia que estranhou o comportamento da namorada que foi presa suspeita de matá-lo com a ajuda de amigos. Segundo a corporação, a mãe disse que ela chorava muito e estava muito interessada no carro dele.
“A mãe nos contou que a namorada chorava muito, até mais que ela, e ao mesmo tempo queria resolver as coisas. O carro de Talles foi para perícia e ela chegou a ir até Anápolis pegar uma procuração para ficar com o carro dele”, disse o delegado Sandro Leal.
Leal contou ainda que a mãe disse em depoimento que a namorada entrava em contradição quando era questionada sobre o dia do crime.
“Ela nos contou que ao mesmo tempo em que a namorada lamentava a morte, ela já buscava soluções, mas quando perguntava sobre o dia do crime dizia que não tinha visto nada e que não se lembrava de muita coisa”, disse o delegado.
Segundo a polícia, para evitar que fosse descoberta a namoradora fez até uma tatuagem após a morte do jovem. Nela há o nome dele e a frase: “Enquanto eu respirar, lembrarei de você. Talles Fellipe”, e um desenho de auréola, e asas de anjo.
Crime
Os dois amigos também foram presos. O crime aconteceu no dia 2 de dezembro, no Jardim Campo Formoso, por volta das 19h. Nas imagens, é possível ver quando Thalles está em uma rua, na calçada, e conversa com o amigo e a namorada. Segundos depois, o atirador chega e faz os disparos.
Segundo a polícia, Talles foi atraído para o bar com a justificativa de beber e assistir ao jogo do Brasil pela Copa do Mundo, mas um atirador com ajuda de um comparsa, conhecidos do trio, o aguardavam em uma rua lateral.
Assim que o jovem chegou ao local, o comparsa deu um sinal para os amigos do casal, que o conduziram até o local onde ele foi executado a tiros. O casal estava junto há três meses. Conforme a polícia, o crime está diretamente relacionado à disputa pelo tráfico de drogas na cidade.
A operação Sangue Frio foi feita pelo Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Uruaçu com apoio da Polícia Civil de Ceres. Além da prisão da namorada e dos amigos pelo envolvimento no crime, a polícia também cumpriu um mandado de prisão contra o autor do homicídio em Ceres. O comparsa está foragido.
Se indiciados e condenados, eles podem responder por homicídio qualificado com emboscada. A pena varia de 12 a 20 anos de prisão.