A mulher, que também tentou tirar a própria vida, tem histórico de surtos e também tentou tirar a própria vida. Felizmente, a criança não corre risco de vida.
A Polícia Civil de Goiás investiga um possível caso de envenenamento por medicamentos cometido por uma mulher, de 25 anos, contra a própria filha, de apenas 4, em Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. Segundo a Polícia Militar, a mulher tentou matar a filha depois de ficar irritada após terminar o relacionamento com o pai da criança. Ela chegou a gravar um áudio em que estipula um prazo para o homem encontrar a menina com vida.
O caso aconteceu na noite de terça-feira (20). A mulher, que tem histórico de surtos psicóticos, teria dado comprimidos de um remédio para dormir para a filha, e também tomado vários, no suposto intuito de tirar a própria vida. Felizmente, a criança passa bem.
Os funcionários do cais também entraram em contato com a avó, que revelou que a mãe da criança havia ligado e dito que estava em um matagal com a menina e que a mataria. Em um áudio, é possível ouvir a mulher dando um prazo para a avó para que o pai da criança as encontrassem.
“Agora são 9 e 26. Até 9 e 50 ele pode pegar ela [a criança] viva. Se não vier antes, não tenho nada a ver mais com isso”, diz a mulher, que ainda manda a filha parar de chorar.
A avó conseguiu ir até o local indicado e encontrou a neta. A mulher contou ainda que levou a menina até a BR-040 e, lá, teve ajuda da concessionária da rodovia para transportá-la para o hospital.
Já a mãe da menina, suspeita de ter dado os comprimidos para a filha, foi encontrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Parque Marajó, uma vez que ela também tentou tirar a própria vida.
Ela foi transferida para o Hospital Municipal de Valparaíso, onde permanece internada. Já a criança foi atendida e não corre perigo de vida. A reportagem tentou confirmar o atual estado de saúde da menina na unidade de saúde para onde ela foi levada, mas não conseguiu retorno até a última atualização desta reportagem.
Investigação
O caso é investigado pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam). “No presente momento, equipes policiais realizam diligências a fim de estabelecer a materialidade delitiva de possíveis crimes cometidos bem como qual foi a real motivação”, informou.
A instituição disse ainda que já requisitou “as perícias necessárias ao estabelecimento do envenenamento realizado”.
Porém, por se tratar de violência doméstica contra criança, a investigação tramita em sigilo e, em breve, “será concluído e remetido a Justiça”.