Segundo a Polícia Civil, funcionário do Hospital Araújo Jorge cobrou de familiares entre R$200 a R$ 400 para fazer o documento. Unidade de saúde disse que não compactua com infrações ou com desvios éticos
Um médico do Hospital Araújo Jorge foi indiciado por cobrar dinheiro para preencher um documento de apólice de seguro de vida de um paciente que morreu, em Goiânia. Segundo a Polícia Civil, ele cobrou de familiares entre R$200 a R$ 400 para fazer o documento.
Em nota, o Hospital Araújo Jorge informou que a instituição orienta os profissionais a não preencherem declarações e que não compactua com infrações à lei ou com desvios éticos, o que inclui o preenchimento desses formulários.
O indiciamento por corrupção passiva aconteceu na terça-feira (3). Segundo a PC, o filho de um paciente denunciou o profissional, que atua como médico assistente do Grupo de Apoio ao Paciente Paliativo do Hospital, pela cobrança do documento.
Os policiais ainda contaram que o filho chegou a pagar pelo documento, mas indignado, procurou a polícia para fazer a denúncia contra o médico.
O indiciamento por corrupção passiva aconteceu na terça-feira (3). Segundo a PC, o filho de um paciente denunciou o profissional, que atua como médico assistente do Grupo de Apoio ao Paciente Paliativo do Hospital, pela cobrança do documento.
Os policiais ainda contaram que o filho chegou a pagar pelo documento, mas indignado, procurou a polícia para fazer a denúncia contra o médico.
Ainda conforme a Polícia Civil, o médico não pode assinar o documento, apenas um perito especialista, o que infringe uma regra do Conselho Federal de Medicina (CFM). O homem não chegou a ser preso e não foi informado o que ele disse em depoimento.
Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) informou que não tem conhecimento desta denúncia, mas vai acompanhar o caso e verificar se houve infração ética na conduta do profissional.
A Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Dercap) ainda informou que, caso outros familiares de pacientes tenham passado pela mesma situação de cobrança, que entrem em contato pelo Disque Combate à Corrupção – 181.
Nota do Hospital Araújo Jorge
Com relação ao pedido do g1 Goiás, a Associação de Combate ao Câncer em Goiás (ACCG), mantenedora do Hospital de Câncer Araújo Jorge, esclarece que:
O preenchimento de relatório de seguradora configura ATIVIDADE PERICIAL, motivo pelo qual a instituição orienta os integrantes do seu Corpo Clínico a não preencherem tal declaração;
Além disso, a ACCG não compactua com infrações à lei ou com desvios éticos- o que inclui o preenchimento desses formulários, o que é expressamente proibidos por Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM);
Com relação aos fatos apurados pela Polícia Civil do Estado de Goiás, a ACCG irá se inteirar para tomada de posição.