Movidos por rumor de Whatsapp, moradores de cidade no México acusam turista de ser ‘ladrão de crianças’ e o matam em linchamento

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Moradores de uma comunidade no interior do México lincharam e queimaram vivo um homem de 31 anos que identificaram equivocadamente como um ladrão de crianças.

O caso aconteceu na noite de sexta-feira feira (10) depois que um boato se espalhou na localidade de Papatlazolco sobre uma suposta tentativa de sequestro de um menor. Os moradores enfurecidos então capturaram Daniel Picazo, de 31 anos, o espancaram e o queimaram vivo com gasolina.

Polícia e paramédicos deslocaram-se ao local, mas nada puderam fazer pelo homem porque a turba de assassinos não permitiu sua passagem. Quando o resgate finalmente conseguiu chegar a Daniel, ele já não apresentava sinais vitais. O jovem advogado, segundo o jornal local “El Universal”, estava apenas passeando pela cidade como turista.

Alguns moradores comentaram que havia medo na comunidade depois que um áudio circulou pelo WhatsApp alertando as famílias para cuidarem de seus filhos, já que haveria desconhecidos circulando na região com a intenção de levar crianças.

Num post no Facebook, uma irmã da vítima lamentou: “Descobrir como tiraram sua vida me causa a maior repulsa pelas pessoas que injustamente fizeram isso sem saber que você era um profissional, um amante das viagens e da vida, com um futuro brilhante. Voe alto meu Dany, confio que Deus fará justiça a todas aquelas pessoas que cortaram suas asas”.

Este não é o primeiro caso de linchamento por causa de boatos de sequestros de crianças no México. Em 2018, houve outros casos de mortes relacionadas a boatos no Facebook e no Whatsapp no país.

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