A história curiosa foi gravada pela australiana Brie Duval e compartilhada nas suas redes sociais.
Uma das pontas da construção não tinha sido concluída. Um passo em falso e alguém poderia cair.
Por conta da falta de sinalização, num momento em que se distraiu, Brie pisou no local ainda não acabado da obra e caiu de cabeça no meio de uma rua próxima.
Ela foi levada para um hospital da região de helicóptero. Chegando lá, ela conta que teve que passar por longas horas de cirurgia e ficou internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
Em coma, a jovem ficou 3 meses sem conseguir abrir os olhos e conversar. Os médicos disseram aos pais da garota que ela tinha apenas 10% de chance de sobreviver. Mesmo assim eles pediram para que os equipamentos não fossem desligados.
Por ter acontecido em 2020, o mundo estava parado por conta da pandemia da Covid-19 e seus pais, que ainda moravam na Austrália, não conseguiam visitá-la no Canadá.
Segundo a moça relatou ao jornal inglês “The Mirror”, a única pessoa que esteve do lado dela no hospital foi sua melhor amiga Sam, que fazia visitas aos finais de semana sempre acompanhada da mãe, Sandy.
“Sandy costumava vir me visitar todos os dias enquanto morava na cidade, ela se certificava de que eu tinha tudo o que precisava, pois não tinha minha mãe de verdade comigo. Ela ficava por horas, jogava jogos de tabuleiro e mantinha contato com minha mãe. Ela estava bem no meio disso”, contou ela ao periódico britânico.
Conforme o estado clínico de Brie foi melhorando, ela foi percebendo que estava com um certo grau de amnésia.
Depois de mais um tempo pode receber seu celular e a primeira coisa que fez foi ligar para o noivo e perguntar o motivo de ele não ter ido visitá-la nesse tempo. A ligação foi recusada. A garota então escreveu uma mensagem e recebeu a seguinte resposta:
“Eu estou com ele, ele se mudou e agora vive comigo e com meu filho. Por favor, não o procure.”
Ela contou ao jornal que ficou extremamente abalada com a situação e que não soube como reagir.
Depois que saiu do coma, a menina ainda ficou 2 meses no hospital para realizar o processo de recuperação. Segundo ela, a sensação era de que estava a todo tempo com os efeitos de uma concussão.
“Voltando à vida normal, apenas tentando estabelecer qual é o meu novo normal – eu não conseguia engolir quando acordei, tive que tentar aprender a andar novamente, da cintura até os dedos dos pés, parecia que estava morta. Todos os meus músculos foram completamente perdidos enquanto eu estava deitada na cama”, contou.
Ela disse ao jornal que a experiência de passar por isso longe da família foi bem traumática e por conta disso decidiu voltar para a Austrália e pretende permanecer por lá ao lado dos familiares.