Uma noiva de Goiânia foi condenada a pagar um valor adicional à fotógrafa que registrou o que foi apresentado como um “chá bar”, mas que, segundo decisão judicial, caracterizou-se como uma cerimônia de casamento.
Entenda o caso
- Contrato inicial: A fotógrafa foi contratada por R$ 2,2 mil para cobrir o evento, descrito como uma celebração informal.
- Realidade do evento: O evento, realizado em 8 de junho de 2023, contou com elementos típicos de um casamento, como damas de honra e troca de alianças, contrariando a descrição inicial.
- Reajuste após o evento: Após os registros, a fotógrafa apresentou uma proposta de R$ 5,8 mil para o serviço, descontando os R$ 2,2 mil já pagos.
Defesa da noiva
- Alegou que o evento era um almoço informal, sem celebrante ou formalidades típicas de um casamento.
- Disse que o pai, falecido antes da celebração, foi homenageado pelas netas, que entraram com uma foto dele, mas negou a presença de elementos formais como mesa de bolo ou padrinhos.
Decisão judicial
- O Tribunal de Justiça de Goiás decidiu que o valor adicional solicitado era justo, destacando que a fotógrafa realizou trabalho condizente com um casamento, o que exige maior dedicação e cuidados especiais.
- O juiz Mateus Milhomem de Sousa destacou que a fotógrafa agiu de boa-fé ao ajustar o valor conforme a realidade do evento.
- Danos morais: A fotógrafa também havia solicitado indenização por danos morais, mas o pedido foi negado.
O que é um chá bar?
De acordo com o Tribunal, o chá bar é uma celebração pré-casamento descontraída, organizada para presentear o casal com itens para a nova casa, sem as formalidades de uma cerimônia matrimonial. A caracterização do evento como casamento contradisse o contrato inicial e justificou o reajuste.
A decisão reforça a importância da transparência na contratação de serviços para eventos e o reconhecimento do trabalho especializado de profissionais como fotógrafos.
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