Anistia Internacional disse basear sua denúncia em imagens de vídeo gravadas por drones. Organização Human Rights Watch também afirma que esse tipo de arma foi usada. Convenção internacional condena uso de arma de fragmentação, mas Rússia e Ucrânia não são signatárias.
De acordo com a ONG, uma escola em Okhtyrka, no nordeste da Ucrânia, sofreu o impacto destas bombas, proibidas em 2010 por uma convenção internacional, da qual nem Rússia nem Ucrânia são signatárias.
Três pessoas, entre elas uma criança, teriam morrido na explosão, disse a Anistia, em um comunicado divulgado no domingo (27).
“O ataque parece ter sido lançado pelo Exército russo, que operava nas proximidades e que costuma usar bombas de fragmentação em zonas habitadas”, afirmou a organização não governamental.
Essa ONG disse basear sua denúncia em imagens de vídeo gravadas por drones, as quais mostrariam o impacto de bombas de fragmentação em pelo menos sete lugares. Conforme uma fonte local, conta também com 65 fotografias e um vídeo complementar.
“Nada justifica o uso de bombas de fragmentação em zonas habitadas, muito menos perto de uma escola”, afirmou a secretária-geral da Anistia Internacional, Agnès Callamard.
As bombas de fragmentação contêm várias dezenas de pequenas bombas que se dispersam por um amplo perímetro. Algumas delas não explodem no momento do lançamento, o que pode fazer delas minas antipessoais.
A ONG Human Rights Watch e o portal investigativo Bellingcat também disseram ter provas do uso de bombas de fragmentação em áreas civis na Ucrânia.
Não houve até o momento comentário a respeito por parte dos governos envolvidos na disputa.