Nesta terça-feira (5), a Polícia Federal (PF), com apoio do Ministério da Previdência Social, lançou uma operação para desmantelar uma rede criminosa envolvida em fraudes no Benefício de Prestação Continuada (BPC-LOAS), destinado a idosos em situação de vulnerabilidade. Segundo a PF, o grupo gerou um prejuízo de cerca de R$ 1,5 milhão aos cofres públicos, com risco de elevar esse montante para mais de R$ 2 milhões.
As investigações revelaram que a quadrilha contava com a participação de idosos e falsificadores de documentos que simulavam situações de vulnerabilidade para acessar os benefícios de forma ilícita. Durante a operação, intitulada “Gatuno”, uma pessoa foi presa em flagrante por posse ilegal de arma de fogo, e R$ 40 mil em cheques foram apreendidos. As ações se desenrolaram em Goianápolis, Trindade e Abadia de Goiás, com o cumprimento de 13 mandados judiciais, incluindo quatro de prisão preventiva e nove de busca e apreensão, além do sequestro de bens dos envolvidos.
O Ministério da Previdência Social explicou que a investigação teve início após identificar que pessoas com benefícios cessados ou suspensos desde 2014 estavam reaplicando com o mesmo nome, mas utilizando fotos diferentes nos documentos. A operação contou com a colaboração de seis servidores da Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social, reforçando o combate a fraudes contra o sistema previdenciário.