Paciente de clínica clandestina onde 50 pessoas foram resgatadas com desnutrição e graves ferimentos fala das condições do local: ‘Lá é um inferno’

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Um dos resgatados pela Polícia Civil (PC) de uma clínica clandestina em Anápolis, na última terça-feira (29), definiu o local, em que 50 vítimas estavam, como um inferno.

“Tinha gente pra bater nos outros. Lá é um inferno. Eu nunca vi um trem daquele. É o pior lugar que já estive na minha vida” afirmou.

 

Outra vítima resgatada, um homem de 53 anos, contou sobre o que viveu no local.

“Fui recebido a murro. Me jogaram lá dentro igual se joga um bicho. Fiquei muitos dias lá, e estou começando a tossir, sei que é costela quebrada”, afirmou.

O homem de 53 anos também se disse aliviado por ter saído da clínica. “Eu ficava molhado a noite inteira. Me jogavam garrafas de água, às vezes balde [de água]. Eu tremia a noite inteira”, contou.

A Polícia Civil (PC) resgatou, nesta terça-feira (29), 50 pessoas, entre elas idosos, menores e pessoas com deficiência, vítimas de maus-tratos, tortura e cárcere privado. De acordo com Manoel Vanderic, delegado à frente do caso, o local onde as vítimas foram encontradas, se trata de uma clínica clandestina, na zona rural de Anápolis.

Os donos do local são um casal de pastores de uma igreja no município. A pastora e outros quatro funcionários, investigados por agredir as vítimas, foram presos. Segundo a Polícia Civil, todos responderão por tortura e cárcere privados qualificados e foram recolhidos na cadeia pública, com exceção do pastor, que fugiu durante a diligência e segue sendo procurado.

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