Investigados são suspeitos de esconderem origem ilícita de recursos através de transações comerciais, documentos falsos e investimento em empresas.
Vídeos registrados pelos agentes mostram o momento que os policiais invadem a mansão de um dos alvos dos mandados. Até as 8h17 um homem foi preso.
No duplex amplo, com móveis planejados, duas piscinas e banheira de hidromassagem, os agentes apreenderam conjuntos de talheres banhados a ouro, dezenas de relógios de marca, eletrônicos e outros objetos.
Ao todo, são cumpridos nove mandados de Busca e Apreensão, seis mandados de Prisão Temporária, e mandados de Sequestro de Bens e Valores expedidos pela Justiça Federal, em domicílios investigados em Fortaleza (CE), Eusébio(CE), Aquiraz (CE), Itarema (CE), Santa Quitéria (CE), São Paulo (SP) e Maceió (AL).
Também foi determinado judicialmente o bloqueio de valores nas contas dos suspeitos, sequestro de imóveis de luxo e veículos em valores superiores a R$ 7 milhões.
Teia criminosa para ocultar origem ilícita dos recursos
Conforme a Polícia Federal, identificou-se durante a apuração uma teia criminosa com atuação dos investigados para ocultar origem ilícita de recursos através de transações comerciais com valores expressivos, entrelaçamento e confusão nos negócios; uso de documentos falsos e interpostas pessoas; reuniões de criminosos em hotéis e condomínios de luxo e investimentos em empresas com atos dos suspeitos que ostentavam riqueza de forma incompatível com qualquer atividade lícita.
De acordo com a PF, a partir da individualização da conduta e da colheita de indícios e provas na operação policial, os investigados poderão responder por lavagem de dinheiro, organização criminosa e tráfico de drogas, com penas de até 40 anos de prisão.
Primeira fase
A primeira fase da operação foi deflagrada em 11 de novembro de 2021, com a prisão de um chefe de facção e o cumprimento de mandados de busca em três mansões localizadas em condomínios de luxo localizados na capital cearense e no Eusébio, município da Região Metropolitana. Um dos imóveis foi adquirido pelo suspeito em 2021, pelo valor de R$ 3,6 milhões.
O nome da operação remete às identificações falsas utilizadas pelos investigados. As investigações continuam, com análise do fluxo financeiro dos suspeitos e do material apreendido.