João Pedro Martins de Souza foi morto com três tiros durante uma tentativa de abordagem da PM. Ele era suspeito de ter compartilhado um vídeo exibindo armas de fogo e apoiando uma facção criminosa.
A Polícia Civil concluiu que os policiais militares envolvidos na morte de João Pedro Martins de Souza, de 22 anos, agiram em legítima defesa. O jovem foi morto com três tiros em São Luís de Montes Belos, no oeste de Goiás, após ter sido identificado como um dos suspeitos de publicar fotos segurando armas ao lado de um amigo em uma rede social. Os PMs alegam que só atiraram no rapaz porque ele atirou primeiro durante uma tentativa de abordagem.
O inquérito foi concluído no final do mês de abril de 2023, quase um ano após o ocorrido. O delegado Luiz Fernando Pereira Ribeiro, responsável pelo caso, considerou que dois dos PMs envolvidos agiram em legítima defesa, enquanto outros dois que estavam no local nem tiveram envolvimento com a morte do jovem.
João Pedro foi morto no dia 20 de abril por uma equipe da PM que procurava dois suspeitos que haviam filmado e compartilhado um vídeo exibindo armas de fogo e apoiando uma facção criminosa. Antes de localizarem João Pedro, os policiais encontraram o primeiro suspeito, de 23 anos, que teria fornecido informações sobre onde o amigo morava.
Segundo o delegado, para a perícia, a versão mais plausível foi a de que os policiais militares invadiram a casa depois que João Pedro correu para os fundos da residência ao avistar a viatura. Um dos policiais teria visto João Pedro armado e ouvido disparos em sua direção, o que teria dado início a uma troca de tiros alegada.
“Durante a investigação nós enviamos equipes para colher o depoimento de vizinhos e outras testemunhas, mas eles só alegaram ter ouvido o barulho dos disparos. Na região também não foi encontrada nenhuma câmera de segurança para análise das filmagens”, informou Luiz Fernando Pereira Ribeiro.