Investigados elaboravam dossiês contra autoridades e vendiam dados de vítimas para estelionatários aplicarem golpes. Entre práticas criminosas, estavam emissão de atestados de óbitos e carteira de vacinação falsos.
A Polícia Civil do Distrito Federal e do Ceará deflagraram, nesta terça-feira (27), uma operação que investiga dois hackers suspeitos de atacar sistemas do governo para furtar dados. Os agentes cumprem dois mandados de busca e apreensão em Taguatinga e Fortaleza (CE).
Segundo a investigação, o grupo usava as informações para elaborar dossiês contra autoridades. Além disso, os suspeitos vendiam dados de vítimas para estelionatários aplicarem golpes diversos pela internet.
Os suspeitos ainda comercializavam dados pessoais que eram obtidos de forma clandestina nas plataformas da polícia. Outra prática dos investigados era vender documentos públicos falsificados, como certidão de óbito e carteira de vacinação.
Os policiais informaram que a dupla pertencia a um grupo criminoso que foi responsável “por centenas de ataques cibernéticos ocorridos durante esses últimos meses”. Segundo a investigação, eles invadiam sites públicos e causaram a interrupção dos serviços.
A investigação informou que, no Distrito Federal, o último ataque identificado ocorreu no dia 18 de outubro do ano passado. À época, os criminosos invadiram uma rede interna chamada GDFNet.
Durante as buscas, os policiais apreenderam um computador com centenas de credenciais que forneciam acesso a sites e bancos de dados vinculados à segurança pública de várias unidades da federação. Com essa identificação, eles podiam acessar banco de dados de diversas polícias para obter informações de autoridades e cidadãos comuns.
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