Segundo delegado, 11 suspeitos foram presos e um deles, de Padre Bernardo, está foragido. Grupo é suspeito de atear fogo em ônibus, assassinar sobrinho de um policial militar e outros crimes.
O suspeito foragido em Goiás é Danúbio de Jesus Gomes. A imagem dele foi divulgada pela polícia para auxiliar nas buscas.
A ação faz parte da segunda fase da “Operação Sicário”. Segundo a investigação, membros de uma facção criminosa mandaram recados ameaçadores a um delegado da PC-DF e à Juíza da Vara de Execuções Penais do DF, Leila Cury, em 2019.
Além das prisões, foram cumpridos 8 mandados de busca e apreensão em Goiás e no Distrito Federal. Outros sete mandados do mesmo tipo foram cumpridos em celas Complexo da Papuda e da Penitenciária Feminina do DF.
Segundo a Polícia Civil do DF, as investigações da operação começaram há dois meses, com a prisão de Gabriel Dos Santos Lima, responsável pelo recrutamento de novos faccionados em Brazlândia (DF). À época, foram identificadas ordens de ataque à polícia e à população de Brazlândia feitas pelo pai dele, Walter Pereira De Lima Júnior, conhecido “Waltinho”, que está preso no Complexo da Papuda.
A companheira de Waltinho, Grasielly Dos Santos Oliveira de Lima, conhecida como “Rapunzel”, também foi presa.
A investigação apontou que outros faccionados relacionados aos suspeitos atuavam em Brazlândia com tráfico de drogas, roubo, receptação e adulteração de veículos. Segundo a polícia, parte dos comandos que chegavam aos faccionados soltos eram transmitidos por presos.
Conforme as investigações, os faccionados chegaram a exigir para o recrutamento de dois novos integrantes o assassinato do sobrinho de um policial militar de Brazlândia. Os suspeitos cometeram o homicídio no dia 25 de setembro de 2022 – eles foram presos na operação desta segunda-feira.
No ano de 2019, Walter esteve envolvido na transmissão de recados ameaçadores a um delegado da PC-DF e à juíza da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, Leila Cury.
Segundo a polícia, o filho de Walter, Gabriel dos Santos Lima também é suspeito de atacar policiais e atear fogo nos ônibus da cidade.
Outros recados acessados pela polícia mostram dois integrantes da facção decidindo sobre a tortura e morte de um faccionado e da esposa dele, que teriam “traído” a organização criminosa.