Um caso em Anápolis, Goiás, chamou a atenção das autoridades e gerou indignação nas redes sociais. Uma adolescente de 15 anos foi filmada dando um cigarro eletrônico para o sobrinho, um bebê de apenas 11 meses. O vídeo, inicialmente compartilhado em um perfil privado no Instagram, acabou sendo amplamente divulgado na internet.
Nas imagens, a jovem, tia paterna da criança, oferece o cigarro eletrônico ao bebê, que o coloca na boca e inala. Em seguida, fumaça é expelida pela boca da criança, que começa a tossir, enquanto a adolescente ri.
A delegada Kênia Batista, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPAI), informou que um procedimento foi instaurado para investigar a conduta da jovem, caracterizada como análoga aos crimes de maus-tratos e fornecimento de substâncias nocivas a crianças. Testemunhas e responsáveis pela adolescente e pelo bebê estão sendo ouvidos.
Cigarro eletrônico é ilegal no Brasil
Desde 2009, a comercialização, importação e propaganda de cigarros eletrônicos são proibidas no Brasil pela Anvisa devido aos comprovados riscos à saúde. Estudos apontam que o uso rotineiro pode causar dependência de nicotina, lesões pulmonares, danos cardiovasculares, convulsões e até a morte.
No Centro-Oeste, a prevalência do uso de cigarros eletrônicos entre adolescentes é preocupante. De acordo com um boletim da Fundação do Câncer, 27,4% dos meninos e 20,2% das meninas entre 13 e 17 anos já experimentaram esses dispositivos.
A Secretaria Estadual de Saúde de Goiás reforça que os cigarros eletrônicos oferecem riscos significativos, especialmente para menores de idade. Além disso, a polícia investiga como a adolescente teve acesso ao dispositivo, já que também é proibido para menores.
O caso segue em apuração, e medidas legais estão sendo tomadas para responsabilizar a adolescente e prevenir situações semelhantes.