Polícia não vê indícios de crime em caso de passageira que pulou de carro por achar que seria estuprada por motorista de app

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A Polícia Civil disse que não achou indícios de crime no caso da passageira que pulou de um carro em movimento por achar que seria estuprada por um motorista de aplicativo, em Goiânia. Na época, a jovem, de 26 anos, contou que pulou após ficar com medo depois que o homem fez diversas perguntas e ela viu que o rosto dele não era o mesmo que aparecia no app. No dia seguinte, o condutor teria enviado uma carta a ela pedindo desculpas.

“Esse caso está no 8º DP [Distrito Policial]. Foram executadas diversas diligências e oitivas, contudo, não houve indícios da ocorrência de infração penal”, informou a delegada Paula Meotti, nesta terça-feira (3).

 

Em nota, a Uber disse que repudia qualquer tipo de comportamento abusivo contra mulheres e acredita na importância de combater e denunciar casos de assédio e violência, e falou que está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações. A empresa disse ainda que a “segurança é uma prioridade para a Uber e inúmeras ferramentas atuam antes, durante e depois das viagens”. A empresa ainda informou que tem um sistema de verificação da identidade dos motoristas em tempo real.

“Fato atípico. Não houve nenhuma conduta criminosa do motorista”, falou o investigador.

 

“Eu estava mexendo no celular e ele começou a puxar assunto comigo. E eu não estava entendendo o que ele estava falando, por causa da altura do som. Quando eu vi que estava incomodando, eu olhei no aplicativo e vi que não era a mesma pessoa, que era bem mais novo do que na foto. Eu mandei mensagem para meu amigo, falando que estava com medo”, disse.

Após mandar mensagem ao amigo, ele a orientou a voltar para a casa dele, dizendo ao motorista que ela havia esquecido a chave da residência. No entanto, ao fazer isso, Walirrane contou que ele ficou nervoso e começou a acelerar com o carro. Ele ainda teria cobrado um valor de R$ 10 a mais pela corrida para levá-la de volta.

“Só vi que ele acelerou o carro e eu já fiquei com medo, perguntei se ele ia me levar para buscar a chave e ele não me respondeu. Aí eu abaixei o vidro e o vidro subiu. Ai eu pensei ‘não é possível’. Abaixei de novo e o vidro subiu de novo. Aí eu pensei: ‘eu não vou ficar aqui’”, disse.

 

Após pular do carro, a jovem disse que teve diversos ferimentos e foi levada ao Hospital Estadual de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), em Goiânia. Ela ficou internada durante todo o dia e teve alta na noite de segunda-feira.

No dia 21 seguinte, Walirrane procurou uma delegacia de polícia para registrar uma ocorrência sobre o assunto. No local, ela teve acesso a um boletim registrado pelo próprio motorista, na noite do ocorrido, onde ele relatou que a mulher pulou do carro em movimento e que não sabia se ela teve fraturas.

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