Vítimas estavam comendo espetinho quando foram abordadas por homem simulando assalto. Preso desde 2014, acusado já foi condenado a quase 700 anos de prisão por mais de 30 assassinatos.
O vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha, que ficou conhecido como serial killer de Goiânia após ser condenado por mais de 30 assassinatos, vai ser julgado pela última vez, dessa vez pela tentativa de assassinato de duas mulheres. Preso desde 2014, já foi condenado a quase 700 anos de prisão.
Tiago foi mandado a júri popular em dezembro por tentar matar duas mulheres em julho de 2014. Segundo o sistema do Tribunal de Justiça, esse é o último processo em aberto ainda contra o acusado.
As chegavam a um espetinho quando foram abortadas por um homem em uma moto que fingiu um assalto. Uma delas foi baleada nas costas, mas sobreviveu. A outra conseguiu correr e não foi atingida.
Durante audiência, Tiago confessou o crime. A Defensoria Pública, que representa o acusado, pediu que o crime fosse desclassificado para lesão corporal, mas o requerimento não foi aceito pelo juiz Eduardo Pio Mascarenhas.
As investigações apontaram que as vítimas estavam em um evento e atravessaram a rua no Jardim América para comerem um espetinho. Enquanto comiam, Tiago parou a moto próxima a elas, desceu e, sem tirar o capacete, apontou a arma para as duas e simulou um assalto.
Uma das mulheres entregou o celular e a carteira. Tiago, então, teria jogado os objetos no chão, segurado o pescoço da vítima com o braço, encostado a arma nas costas dela e atirado. A outra mulher que estava próximo começou a correr. Segundo o processo, Tiago atirou duas vezes contra ela, mas os tiros não acertaram. Em seguida, o vigilante fugiu.
Durante o processo, o serial killer disse que estava bêbado, atirou apenas em uma das mulheres e foi embora. No interrogatório, Tiago disse que não se lembrava de como escolheu a vítima.
Serial killer
Tiago Henrique Gomes da Rocha trabalhava como vigilante. Seus crimes eram, em sua maioria, contra mulheres.
Segundo as investigações, ele usava uma arma que furtou da empresa de vigilância e escolhia as vítimas de maneira aleatória. Ele confessou uma série de assassinatos na época.
Tiago foi condenado a 12 anos de prisão por assaltar duas vezes a mesma lotérica. Depois, foi condenado outras 30 vezes por assassinatos. Em outros três júris, ele foi absolvido. As penas ultrapassam 680 anos.