Advogado Paulo Milhomem está preso desde agosto de 2021, após atropelar servidora pública Tatiana Matsunaga ‘de propósito’; defesa diz que vai se manifestar apenas no processo. Vítima teve sequelas
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou, nesta terça-feira (28) um pedido de habeas corpus para soltar o advogado Paulo Ricardo Moraes Milhomem, acusado de atropelar, de propósito, a servidora pública Tatiana Fernandes Machado Matsunaga, após uma briga de trânsito, no Distrito Federal. O caso ocorreu em agosto de 2021.
No recurso, a defesa de Paulo Milhomem alegou que a decisão para manter a prisão dele “foi genérica e sem fundamentos concretos para justificar a medida”. Os advogados ressaltaram que “não há elementos que indiquem que o advogado, caso fosse solto, colocaria em risco a ordem pública ou voltaria a cometer o mesmo crime que lhe é imputado”.
“Conclui-se, então, que o recurso não evidenciou a aduzida ilegalidade manifesta na manutenção da prisão preventiva do recorrente”, afirmou o ministro. Paulo Milhomem está preso desde agosto de 2021, quando seguiu Tatiana até em casa, no Lago Sul e, após ela descer do veículo, passou por cima da vítima. O crime foi gravado por câmeras.
. O atropelamento ocorreu na frente do marido e do filho dela, de oito anos.
À Justiça, o advogado disse que “não viu” que tinha passado por cima da vítima e negou ter atingido a mulher de propósito. O advogado responde por tentativa de homicídio qualificado, por motivo fútil.
A Tatiana chegou a ser internada, em estado grave, mas sobreviveu. Entretanto, ficou com sequelas neurológicas.
Relatórios médicos apontaram perda de memória, além de delírios, alucinações visuais e perda de parte da visão de forma permanente e irreversível. Tatiana faz tratamento para reabilitação neurológica, e se recupera em casa.
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