Técnica em enfermagem denuncia que teve parte do bumbum necrosado e cicatrizes no corpo após cirurgias em Goiânia

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A técnica em enfermagem joana Darque da Silva Montel, de 30 anos, denuncia que teve parte do bumbum necrosado e várias cicatrizes no corpo após fazer cirurgias, em Goiânia. A mulher contou que fez um procedimento estético no bumbum em 13 de dezembro do ano passado, que evoluiu para uma infecção.

A cirurgiã teve o registro de médica (CRM) interditado pelo Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego), em fevereiro do ano pasado, após receber denúncias de pacientes, mas o registro foi reativado um mês depois pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e ela voltou a operar.

Ainda em fevereiro, o g1 mostrou a denúncia da vendedora Kelly Cristina Gomes da Costa, de 29 anos, que registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil contra Lorena Rosique após fazer procedimento para levantar os seios, eliminar gordura e aumentar o bumbum, mas teve queimaduras na pele e precisou ficar internada.

No site do Tribunal de Justiça de Goiás há pelo menos 18 processos tramitando contra a médica, a maioria sob sigilo.

Joana contou que o procedimento era considerado simples e foi feito no consultório da médica, com anestesia local.

“Dias depois deu infecção e pus. Voltei no consultório e ela passou antibiótico e fazer compressa de água morna. A gente faz uma cirurgia para ficar bonita e agora estou em cima de uma cama sem poder trabalhar”, lamentou a técnica.

Com o quadro se agravando, a mulher foi levada a uma Unidade de Pronto Atendimento de Goiânia em 25 de dezembro, cheia de pus e buracos no corpo. Ela passou por cirurgia de emergência para drenar uma infecção, ficou 5 dias internada, e recebeu alta para se recuperar em casa.

Joana registrou boletim de ocorrência em 29 de dezembro do ano passado e o caso é investigado pela Polícia Civil.

Primeira cirurgia

 

As cirurgias plásticas da técnica de enfermagem começaram, porém, em 2021. Ela colocou próteses nos seios e fez lipoaspiração na barriga com Lorena Rosique. Na época, ela teve complicações e procurou a médica por diversas vezes para reparar os procedimentos.

As cirurgias reparadoras, chamadas de refinamento, foram feitas, mas não corrigiram as deformidades, segundo Joana. Ela perdeu parte das aréolas dos seios e ficou cicatrizes na barriga.

Vendedora teve para cardíaca

 

Outra paciente de Lorena Rosique, a vendedora Karita Rabelo de Andrade, de 34 anos, fez lipoaspiração e colocou próteses nos seios em 4 de dezembro de 2021. Um dia depois da cirurgia, ela relata que passou mal e precisou se internar. No hospital, ela descobriu que teve o intestino perfurado. Durante a internação, Karita teve paradas cardíacas, ficou em coma e foi até intubada.

“No início, ela [médica] me disse que era anemia. Minha barriga ficou toda vermelha e ela dizendo que era alergia dos medicamentos. A infecção da barriga desceu para as pernas e eu já não andava mais. Fiz várias cirurgias”, contou Karita.

 

De 2021 para hoje, a vendedora lamenta ter que viver entre consultas médicas e exames em hospitais.

“Minha vida não voltou ao normal. Busco formas de amenizar o que aconteceu, porque não é só o físico, o emocional também fica abalado”, desabafou.

Seio maior que o outro

 

Uma mulher que preferiu não se identificar também fez cirurgias com Lorena Rosique, em dezembro de 2020, com a intenção de ficar com a barriga e os seios mais bonitos.

Foram feitos então os procedimentos de lipoaspiração e mamoplastia sem prótese. Ela foi outra paciente que teve infecções logo após as plásticas.

Um ano depois, em 13 de agosto de 2021, ela pagou novamente a médica para fazer a correção dos dois procedimentos que teriam sido mal feitos, mas não obteve sucesso.

“Minha mama ficou uma maior que a outra. a aréola do meu peito ficou deformada com cicatrizes horríveis. Minha barriga também ficou deformada após a lipoaspiração”, explicou.

 

A advogada Flávia Lemes, que defende a paciente, disse que há boletim de ocorrência registrado na polícia e que também já ingressou com processo contra médica pedindo reparação de danos morais e materiais.

Desde as cirurgias há dois anos, a mulher relatou que faz tratamento psicólogico.

“Não é fácil entrar em um hospital bem e sair deformada. Minha barriga era lisa, não tinha nem uma deformidade, meu peito era normal e hoje não é mais. Sinto muitas dores, anda cansada pela cirurgia”, lamentou a paciente.

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