Veja o que se sabe sobre caso de técnica de enfermagem morta por causa de dívida no DF

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O assassinato da técnica de enfermagem Danyanne da Cunha Januário da Silva, de 35 anos, mobilizou a Polícia Civil do Distrito Federal na última semana. Ela foi encontrada morta nesta quarta-feira (3), em Brazlândia, depois de uma semana desaparecida.

Segundo a polícia, Danyanne era agiota e foi assassinada pelos homens que a ajudavam a encontrar clientes. Dois suspeitos já estão presos. No entanto, o homem que seria responsável por atirar na vítima ainda não foi localizado.

De acordo com a investigação, Danyanne foi vítima de uma emboscada. A polícia aponta que ela morreu com um tiro na cabeça, no mesmo dia do desaparecimento.

O suspeito de ter dado o tiro, conhecido como ‘Negão’, teria simulado um assalto no momento em que ela estava com os outros dois homens, com quem dividia os lucros da agiotagem.

De acordo com a polícia, os suspeitos – que trabalhavam com Danyanne – ganharam a confiança da vítima e começaram a “simular” clientes que não existiam para pegar dinheiro para uso próprio. Por receio de não conseguir devolver o valor, eles decidiram matar a técnica de enfermagem.

Aos policiais, os presos disseram que a dívida era de R$ 35 mil. No entanto, a família de Danyanne afirma que ela mantinha anotações sobre todos os empréstimos, e que o valor pode chegar a R$ 80 mil.

A polícia afirma que a mulher não desconfiava nem chegou a cobrar a dívida dos cúmplices. Em depoimento, os presos disseram que “temiam alguma possível retaliação se não pagassem a dívida”.

  • Como funcionava o esquema de agiotagem?

 

Segundo a Polícia Civil, Danyanne emprestava dinheiro a juros de 50%. Os dois homens presos atuavam com ela, e eram responsáveis por encontrar pessoas interessadas nos empréstimos. Eles ficavam com 60% do valor dos juros, e ela, com 40%.

Um dos suspeitos fazia parte do esquema há cerca de dois anos, segundo os policiais. O outro teria começado em fevereiro passado.

Segundo o delegado Lúcio Valente, da 29ª DP, do Riacho Fundo, cerca de duas semanas antes do crime, um dos suspeitos passou a falar com o outro que queria “dar um fim” em Danyanne.

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