Dois homens estão foragidos. Um suspeito foi morto em confronto com PM.
O crime começou na noite de sábado (11), por volta de 19h, e terminou no domingo (12), por volta de 3h30. Um dos responsáveis pelo galpão da locadora só ficou sabendo dos furtos quando chegou ao local, por volta de 9h.
Inicialmente, a locadora havia informado à Polícia Militar que foram 19 carros furtados. No entanto, após recontagem, verificou-se que foram 11 veículos. Destes, a Polícia Militar já conseguiu recuperar seis e ainda procura por cinco caminhonetes, que não foram localizadas até às 17h desta sexta-feira (17).
Após o crime, a Polícia Militar, em ação conjunta com a Polícia Civil, começou as buscas pelos carros e os suspeitos e, no domingo, conseguiu prender três homens. Um quarto suspeito morreu em confronto com os militares na madrugada de segunda-feira (13). Nesta sexta-feira, a PM informou sobre a prisão de mais uma mulher suspeita de participação no crime.
Segundo a delegada Rafaella Azzi, da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DERFRVA), durante as investigações, a Polícia Civil identificou, ao todo, a participação de nove pessoas no crime e conseguiu na Justiça a expedição de mandados de prisão contra eles por furto.
Destes nove, sete foram presos nesta sexta-feira, contando com a mulher, que a PM já tinha divulgado a prisão dela. As prisões aconteceram em Goiânia e na Região Metropolitana da capital. Dois suspeitos, sendo um deles o chefe do grupo, ainda estão foragidos. A Polícia Civil divulgou que os nomes dos foragidos são: Flávio Oliveira da Silva e Matheus Fernando Mendes
“A investigação começou no domingo e três pessoas foram presas, conduzidas pela PM. Com o avançar das investigações e o trabalho do Instituto de Identificação e Polícia Técnico-Científica, apuramos que outras pessoas tinham envolvimento nesse crime”, afirmou a delegada.
A PC explicou que, dentre os três presos do fim de semana, dois tinham sido soltos em audiência de custódia. No entanto, a dupla voltou a ser presa nesta sexta-feira, durante o cumprimento dos mandados. O terceiro preso tinha continuado detido, mesmo após audiência, e o mandado de prisão foi cumprido pelos policiais na própria prisão.
Azzi explicou que cada um dos envolvidos tem uma conduta individualizada no crime.
“Tivemos pessoas que retiraram os veículos dessa locadora, quem ofertou combustível, quem, mesmo ciente do furto, ofertou espaço para guardar os carros, quem transportaria esses veículos furtados para Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul. São várias ações que contribuíram para o furto desses 11 veículos”, detalhou.
De acordo com Azzi, ao que tudo indica nas investigações, os carros seriam usados como “moeda de troca”, provavelmente, para o tráfico de drogas.
A Polícia Civil não descarta a participação de mais pessoas no crime e, por isso, as investigações continuam e as buscas pelos carros e os dois foragidos também seguem acontecendo. Por estes motivos e também para identificação de eventuais outros crimes cometidos pelos investigados, a corporação autorizou a divulgação das imagens e identificações dos detidos.“Já temos identificadas outras pessoas envolvidas nesse crime e tudo indica que culminará no indiciamento de todas essas pessoas: as que foram hoje capturadas e as já identificadas. Ao todo, já ouvimos 25 pessoas, entre testemunhas, vítimas e conduzidos. O inquérito deve ser remetido ao Poder Judiciário em no máximo em 10 dias”, concluiu.
Sobre a locadora responsável pelos veículos, a delegada explicou que se trata de uma filial de uma empresa com matriz em Belém, no Pará, que faz um trabalho com veículos usados por órgãos de segurança, como a própria Polícia Civil.
Na locadora, há dois pátios: um com veículos novos, que serão agregados à frotas de algum órgão de segurança ou até mesmo prefeitura; e um com veículos usados, que já foram descartados por algum órgão e, depois de descaracterizados, deverão ser levados à leilão ou a alguma venda particular.
“A locadora participa de processos licitatórios. A frota dela vai guarnecer órgãos de segurança, na medida em que eles ganhem essas licitações. Então lá tem dois pátios, do veículo novo, que vai ser agregado a uma frota de veículo de segurança pública, por exemplo, e do que foi descaracterizado, que já retornou do término desse contrato, e é ofertado à venda. Do pátio de veículos usados é que foram levados os 11 melhores veículos”, destacou a delegada.