Uma jovem de 25 anos, residente de Nova Crixás, Goiás, viveu meses de dor e incerteza após uma cesariana no Hospital Municipal da cidade. Mariana Silveira Neves, estudante, descobriu que uma compressa foi esquecida dentro de seu abdômen durante o procedimento realizado em abril de 2024. O objeto só foi identificado cinco meses depois, em setembro, após consultas e exames inconclusivos.
Para remover a compressa, foi necessária uma cirurgia de emergência que resultou na perda de parte do intestino e uma trompa de falópio. Mariana relatou que sofreu intensas dores desde o término da cesariana, mas foi informada pela equipe médica de que as queixas eram normais no pós-operatório.
“Eles abriram o local da cesariana e não encontraram nada, precisaram cortar a minha barriga. Estava colado no intestino”, relatou a estudante. Ela ainda lamentou a cicatriz e as consequências do procedimento: “Fiquei muito triste. Não esperava isso. Ainda perdi a trompa”.
A jovem ficou três dias na UTI após a cirurgia corretiva e registrou uma ocorrência contra o médico responsável pelo parto. Ele alegou que o procedimento foi realizado sem intercorrências, mas a Polícia Civil investiga o caso e aguarda laudos periciais.
Mariana também relatou que havia chegado ao hospital em trabalho de parto normal, mas o médico optou por uma cesariana alegando que seria melhor para evitar sofrimento. As dores abdominais começaram logo após o efeito da anestesia, levantando suspeitas desde o início.
O caso segue em investigação, enquanto Mariana tenta se recuperar física e emocionalmente do trauma. A defesa do médico não foi localizada até o momento da publicação desta matéria.