As causas do incêndio serão investigadas pela Polícia Civil. Cinco trabalhadores morreram por conta das chamas.
O incêndio aconteceu na quinta-feira (19). Os bombeiros divulgaram que o fogo começou por volta das 15h e se espalhou por conta do vento forte e do calor, que estava em torno de 34ºC. Com isso, funcionários que faziam a colheita da cana acabaram ficando cercados pelas chamas.
O Grupo SAT, que prestava serviços nas terras da usina, usou quatro caminhões-pipa para tentar controlar as chamas. Mas o fogo destruiu a palhada de cana e diversos maquinários usados nos trabalhos, incluindo tratores, caminhões, ônibus e colhedeiras. Segundo a PM, estima-se que o fogo tomou conta de cerca de 400 hectares.
As causas do incêndio serão investigadas pela Polícia Civil. “A apuração vai ajudar a entender se foi um incêndio natural ou criminoso”, explicou o delegado Márcio Henrique Marques de Souza.
Entre os trabalhadores que morreram, somente Marcos de Lima Souza chegou a ser levado para um hospital com vida. A PM divulgou que, conforme informações da unidade médica, ele teve mais de 90% do corpo queimado, não resistiu aos ferimentos e morreu na manhã seguinte (20).
“Trocou o caminhão dele recentemente por outro veículo. Inclusive, há dois, três dias atrás o caminhão fundiu o motor, ele foi lá e gastou dinheiro, colocou o caminhão para trabalhar, retornou. No dia que ele retornou aconteceu o fato. Infelizmente ele perdeu a vida”, lamentou o irmão de José Ilton.
Os corpos foram levados para o Instituto de Criminalística de Quirinópolis. Segundo o médico legista Gilberto Bernal Resende, até a tarde desta sexta-feira (20), só dois corpos haviam sido liberados para as famílias.
O processo depende da confirmação da identidade por meio de exames de DNA. Quanto mais a vítima foi impactada pelo fogo, mais a liberação do corpo pode demorar. Com isso, as famílias são obrigadas a esperar mais tempo para se despedir.
“José Ilton e José Cícero são os que têm a identificação mais complexa. Eles terão que entrar em preparo técnico para tentar melhorar a digital que foi consumida pelo fogo”, explica o médico legista.
Lamentamos informar que, na quinta-feira, dia 19/10, aconteceu um inesperado incêndio nas áreas agrícolas de um dos nossos fornecedores de cana de açúcar, em São Simão, e, em razão de uma rajada de vento, o fogo se alastrou abruptamente.
Cinco colaboradores faleceram. Dois trabalhadores feridos foram hospitalizados, mas já tiveram alta.
Ainda não há mais informações sobre o que efetivamente provocou o incêndio, mas estamos colaborando com as autoridades da melhor forma possível para apuração das causas.
Por fim, prestamos nosso total apoio, solidariedade e condolências aos familiares das vítimas bem como estimas de melhoras aos feridos.
A Aguapei está disponibilizando apoio integral e irrestrito, neste momento de dor, para as famílias das vítimas fatais e dos feridos. Essa é a prioridade nesse momento.
“Um incêndio ocorrido ontem, 19/10, em um canavial operado pelo Grupo STA, em São Simão (GO), vitimou fatalmente três colegas de trabalho que atuavam no local.
Outro colega foi socorrido ao hospital local e depois de passar por exames, passa bem e já foi liberado para voltar para casa.
Os motivos do incêndio ainda estão sendo investigados. A estrutura da brigada de incêndio esteve no local, com seis caminhões pipa-bombeiro.
Embarcamos na manhã de hoje para São Simão para prestar solidariedade e todo o apoio necessário às famílias enlutadas dos colegas Aldo Batista Da Silva, Arlindo Beto Rodrigues e Marcos De Lima Souza.
Também estamos contribuindo com as autoridades para esclarecer as causas do incêndio.
Em virtude do ocorrido, como forma de respeito a todos, interrompemos nossas operações no local por 02 dias,
Estamos todos enlutados.”