Promotor afirmou que Elaine Chagas assumiu o risco de matar, ao dirigir bêbada, na contramão e em alta velocidade. À Justiça, defesa alegou que motorista tem problemas psiquiátricos e faz o uso de remédios.
A professora Elaine Chagas, virou ré por atropelar e matar o árbitro de futebol Edivaldo Marinho, de 49 anos, em Senador Canedo, na Região Metropolitana da capital. A motorista foi flagrada garrafas de cerveja na mão após o atropelamento e confessou à polícia que bebeu antes de dirigir.
A denúncia do Ministério Público de Goiás (MPGO) contra a motorista foi aceita pela Justiça e a informação divulgada nesta sexta-feira (21). Na denúncia, o promotor Bruno Barra Gomes afirmou que Elaine assumiu o risco de matar, ao dirigir bêbada, na contramão e em alta velocidade.
À Justiça, a defesa da professora alegou que ela tem problemas psiquiátricos e faz o uso de remédios contínuos para o tratamento. Além disso, o advogado mostrou uma declaração que mostra que Elaine estava internada em uma clínica psiquiátrica.
Em depoimento à polícia, Elaine disse que estava indo almoçar com o namorado em Goiânia e que estava internada na clínica, mas conseguiu liberação para passar o fim de semana em casa e voltar domingo à noite.
A Polícia Militar (PM) informou que a mulher estava dirigindo na GO-403, sentido Jardim das Oliveiras, quando perdeu o controle e invadiu a pista contrária. O carro bateu de frente com o motociclista, que morreu na hora. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) esteve no local.
Segundo a polícia, foi feito o teste do bafômetro na motorista e constatada embriaguez com resultado de 0,79 miligramas por litro de ar expelido. Em imagens feitas momentos depois do acidente a mulher aparece de fora do carro segurando duas garrafas e também sentada no veículo
Amoroso, inteligente e um filho exemplar. Essas foram algumas das características que a estudante Elisabeth Catanhede, de 27 anos, usou para definir o pai, Edivaldo Marinho, de 49, que foi atropelado a caminho de uma partida.
“Ele cuidava da minha avó porque ela ficou debilitada de saúde. Domingo antes de ocorrer tudo ele deu banho nela, limpou a casa e foi apitar o jogo pra ganhar R$ 80”, contou a filha.
Abalada, Elisabeth disse que o pai tinha hábitos de vida saudáveis e não se conforma com o jeito que ele morreu.