Luizmar Francisco Neto foi denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO). Vítima foi sequestrada, levada em seu próprio carro e morta com 15 disparos de arma de fogo.
Luizmar Francisco Neto foi denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) por agenciar e coordenar as ações que mataram dono de cartório Luiz Fernando Alves Chaves, em Rubiataba, na região central de Goiás. Ele foi condenado a 31 anos e 6 meses de prisão.
O MP pediu a condenação do réu pelos crimes de homicídio qualificado e roubo circunstanciado. A defesa pediu o afastamento das qualificadoras, a condenação do réu por homicídio simples e a absolvição dele em relação ao crime de roubo majorado.
O crime aconteceu em dezembro de 2021. O julgamento foi realizado na última segunda-feira (11) e o MP foi representado pelas promotoras de Justiça Yule Reis e Gisele Campos.
Segundo ela, Luiz Fernando foi sequestrado em casa por dois homens, levado em seu próprio carro, e foi morto com 15 disparos de arma de fogo. O corpo foi encontrado em um canavial, a cerca de 20 km da cidade.
Segundo a denúncia, o réu, Luizmar Francisco Neto, teria planejado e arquitetado o crime. Ele se encontrou com os atiradores para repassar informações sobre a vítima e sua rotina, além de entregar a eles as chaves da residência da vítima, o controle do portão e as abraçadeiras de plástico para amarrar as mãos do cartorário.
Além disso, o acusado ainda disse como eles deveriam fazer e os deixou próximo ao local dos fatos. Além da morte, o réu foi também julgado pelo crime de roubo circunstanciado pelo concurso de agentes, restrição da liberdade da vítima, e uso de arma de fogo.
O julgamento foi realizado pelo juiz Alves Lessa que levou em conta, entre outras agravantes, o fato do acusado ser reincidente em diversos processos penais e ser o autor intelectual do crime.
Com isso, Luizmar Francisco Neto foi condenado a 31 anos e 6 meses de prisão. Além disso, foi fixada uma indenização mínima no valor de R$ 10 mil, em favor da família da vítima, com incidência de juros de mora desde a data do crime.
O réu, que está preso preventivamente, não poderá recorrer da sentença em liberdade. Outros seis réus também estão sendo processados para serem julgados pelo Tribunal do Júri da Comarca de Rubiataba.