Delegada diz que ele oferecia dinheiro para as vítimas para ter relações com elas. Menores, no entanto, não sabiam que atos eram gravados e comercializados.
Um homem de 29 anos foi preso suspeito de oferecer dinheiro para adolescentes para que fizessem sexo com ele, em Goiânia. A Polícia Civil informou que ele gravava os atos, postava em redes sociais e vendia os vídeos sem que as vítimas soubessem.
A delegada Marcella Orçai explicou que o homem se fantasiava usava perucas e nome de mulher para se apresentar nas redes sociais e conversar com as vítimas, mas não chegava a fingir ser uma mulher ou usar fotos falsas.
Ele conhecia as vítimas por aplicativos de relacionamentos, redes sociais ou até mesmo abordando amigos dos adolescentes com quem já tinha tido relação.
“Ele gravava os vídeos sem as vítimas saberem, depois publicava trechos em uma rede social aberta e vendia as gravações em site e plataforma paga. Ele disse que o sustento dele vinha da venda desse material”, disse a delegada. Em uma das plataformas foram encontrados 240 arquivos.
Ao ser interrogado, o suspeito disse que não pagava os adolescentes para fazer sexo e que os vídeos eram gravados com a permissão deles. O homem disse que vendia os conteúdos e usava o dinheiro para pequenas ajudas aos adolescentes, como pagar um transporte por aplicativo ou lanche.
A polícia descobriu o crime durante um trabalho de monitoramento nas redes sociais. Durante a investigação, uma vítima que descobriu que tinha um vídeo seu com o suspeito sendo vendido, ele procurou a polícia para denunciar o caso.
Duas vítimas já foram identificadas. Na época dos crimes tinham 16 e 17 anos. A polícia ainda tenta identificar mais vítimas e também há quanto tempo o homem agia.
O homem é investigado por favorecimento à prostituição, por gravação, divulgação e venda de vídeo com conteúdo sexual envolvendo menores. Se condenado, ele pode ficar preso por até 32 anos.
